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2017: esperança de renovação para o setor sucroenergético

12 de Janeiro de 2017

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(Usina Vale do Tijuco. Foto: Divulgação/SIAMIG)

 

O setor sucroenergético não pode reclamar de 2016, pois foi o melhor ano em quase uma década, com o açúcar batendo o recorde histórico de preço no mercado interno e indo às alturas no mercado externo. O que equilibrou a remuneração do etanol.

Outro motivo para celebrar 2016, foi a troca na presidência da Petrobras, cargo assumido por Pedro Parente, que instituiu definitivamente o fim a política de congelamento do preço da gasolina, que tanto penalizou o setor. Implementou a transparência na formação de preço do combustível fóssil, possibilitando que a arbitragem entre o etanol e o açúcar seja muito mais suscetível a um eventual aumento no preço do petróleo no mercado internacional.

Em 2016 também foi retomado o diálogo entre o setor e o governo federal. Conversas que levaram ao lançamento, em 13 de dezembro, do programa RenovaBio - Biocombustíveis 2030, que pretende aumentar a produção brasileira de etanol em sintonia com os compromissos brasileiros assumidos no Acordo de Paris para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O RenovaBio vai buscar sua atuação baseado em quatro eixos estratégicos: discutir o papel dos biocombustíveis na matriz energética; desenvolvimento baseado nas sustentabilidades ambiental, econômica e financeira; regras de comercialização e atento aos novos biocombustíveis.

O setor está com uma expectativa muito positiva sobre esse programa, que apresenta interesses mais abrangentes, que envolvem ganhos ambientais, sociais e econômicos, diferente do Proálcool, da década de 70, cujo objetivo era o de abastecimento de combustíveis no país.

A expectativa é que o programa receba US$ 40 bilhões de investimentos no Brasil pela iniciativa privada, esteja presente em 1,6 mil municípios e gere cerca de 750 mil empregos. Uma legislação sobre o tema deve ser apresentada para que possa começar a ser executada a partir de 2018.

Então, 2017, além da expectativa de que os preços do açúcar e etanol se mantenham remuneradores, traz a esperança de que o setor será renovado.

(Fonte: CanaOnline – 12/01)

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