14 de Setembro de 2021
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Vistos no céu e anotados no papel, os incêndios em Uberaba continuam superando marcas e batendo metas quase inalcançáveis. Em 2020, por exemplo, foram registradas 6.448 ocorrências de queimadas entre janeiro e dezembro, segundo o Corpo de Bombeiros. Agora, este ano, 67% deste número já foram alcançados, faltando ainda quatro meses para o fim de 2021.
São 4.360 ocorrências de incêndio até setembro, de acordo com o comandante do 8º Batalhão de Bombeiros Militar em Uberaba, Tenente-Coronel Ricardo Marisguia. Só em agosto, segundo o oficial, foram 653 registros de queimadas atendidos pela corporação. Este panorama ainda pode ser intensificado pelo período de estiagem e pela crise hídrica que assolam a cidade nos últimos meses.
De acordo com comandante Marisguia, grande parte deste número é resultado de ações com fogo na zona rural e nas periferias do município, já que foi feito um trabalho de contenção e vistoria aos lotes vagos dentro da cidade. É, então, essa a maior dificuldade do Corpo de Bombeiros para evitar as grandes queimadas e a devastação de campos abertos na região.
“Graças ao trabalho com a Posturas e a Prefeitura, esse ano nós diminuímos bastante os incêndios em lote vago dentro da cidade. Contudo, devido a situações de baixa umidade e estiagem, aumentou o número de ocorrências próximas à cidade. Incêndios em vegetação têm aumentado e sido mais severos que ano passado”, declara o militar.
Quanto às causas, não há surpresas. Ricardo Marisguia afirma que 95% dos incêndios combatidos são causados pela ação humana criminosa, com a indigesta prática de atear fogo em entulho para “limpar” o terreno. Para evitar que as chamas tomem conta de toda uma região, os Bombeiros contam com o apoio de brigadistas formados nas usinas ao redor. Esta força a mais acaba se tornando um braço no combate aos incêndios em Uberaba.
Há uma tendência criada pelo 8º BBM que está sendo incorporada a outros municípios mineiros: a separação de atuação. Conforme o comandante, no começo das operações não havia separação de equipes de atendimento. Uma única guarnição, por exemplo, faria a vistoria e combateria incêndios na zona rural e na zona urbana. Agora, com a estruturação da corporação, é possível separar veículos e profissionais específicos para cada tipo de atuação, o que aumenta drasticamente a agilidade na contenção do fogo.
Fonte: Jornal da Manhã – 14/09
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