09 de Dezembro de 2016
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O recente acordo histórico da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para reduzir a produção pode se mostrar efetivo para reduzir os estoques globais, mas analistas têm poucas esperanças de que uma alta nos preços ocorra, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta quinta-feira (8).
Se todos os membros da Opep honrarem o acordo fechado em 30 de novembro para cortar bombeamento, qualquer consequente alta de preços ou queda nos estoques poderia ser rapidamente revertida com aumento de produção de países de fora da Opep.
“No médio prazo, nós podemos esperar um equilíbrio mais apertado do mercado, mas para que haja uma recuperação substancial dos preços teria que haver um significativo crescimento da demanda para enxugar os elevados estoques de óleo bruto e combustíveis”, disse o diretor da Thomson Reuters Oil Research and Forecasts, Shakil Begg.
Os 29 analistas e economistas ouvidos na pesquisa da Reuters estimam o preço médio do barril do Brent em US$ 44,69 em 2016 e em US$ 57,01 em 2017, ante US$ 44,78 e US$ 57,08 nos mesmos períodos na pesquisa do mês passado.
Até o momento, a média do Brent em 2016 é de US$ 44,50 por barril.
“Este é um corte de curta duração, mirando os excessos nos estoques e não em preços mais altos para o petróleo, o que poderia, ao contrário, estimular um aumento de produção nos Estados Unidos e no resto do mundo”, disse o banco de investimentos Goldman Sachs em um relatório.
A maior parte dos analistas disse que o acordo da Opep teria que ser prorrogado além do período acertado inicialmente, de seis meses, para que um reequilíbrio do mercado global de petróleo ocorra no segundo semestre de 2017.
“Uma redução da Opep será necessário ao longo de todo 2017 para reequilibrar o mercado, já que a oferta de óleo de xisto dos EUA deverá chegar ao mercado em 2017”, disse o diretor da Crisil Research, Rahul Prithiani.
A pesquisa apontou também que o petróleo leve dos Estados Unidos terá média de US$ 43,46 por barril em 2016 e de US$ 55,23 em 2017.
Dos 28 participantes da pesquisa em dezembro e novembro, 16 mantiveram suas previsões inalteradas.
(Fonte: Folha de S.Paulo - 09/12)
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