10 de Julho de 2017
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Os líderes das 20 maiores potências mundiais conseguiram chegar a um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as sensíveis questões do comércio e do clima, com concessões dos dois lados, na esperança de manter uma coesão no G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).
A declaração final adotada após dois dias de cúpula sob alta tensão em Hamburgo, na Alemanha, marcada por manifestações violentas, carrega a marca das divergências entre a nova administração americana e o resto do mundo.
Em matéria de clima, o G-20 só tomou nota da saída dos EUA do Acordo de Paris, que luta contra o aquecimento global, e do isolamento do país nessa questão: todos os outros países consideram esse acordo internacional como “irreversível”.
Ao mesmo tempo, Donald Trump obteve a autorização do G-20 para conduzir uma política controversa. O texto afirma que os EUA vão ajudar os outros países a “ter acesso e a utilizar energias fósseis”.
Essa política vai contra a corrente do objetivo da Organização das Nações Unidas (ONU) de ter uma economia menos focada em carbono, mesmo com a indicação, no texto, de que essas fontes fósseis serão utilizadas de maneira “mais limpa”. Concretamente, trata-se para os EUA da possibilidade de vender gás de xisto.
Sobre o resultado da cúpula, o presidente da França, Emmanuel Macron, estimou que a reunião permitiu preservar “equilíbrios indispensáveis” sobre o clima e o comércio. Macron anunciou a organização de uma cúpula sobre o clima em 12 de dezembro.
Para o presidente russo Vladimir Putin, o G-20 encontrou um “compromisso ideal” sobre a questão climática. “Um dos assuntos mais importantes foi o das mudanças climáticas. E, a esse respeito, a chanceler alemã Angela Merkel conseguiu encontrar um compromisso em que todos os países constataram que os EUA se retiraram do Acordo de Paris, mas que o trabalho vai continuar.”
Clima sem EUA
O comunicado final divulgado confirma a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, que luta contra o aquecimento global, e do isolamento do país nessa questão: os outro 19 membros consideraram esse acordo internacional “irreversível”. Ao mesmo tempo, Washington conseguiu a autorização para desenvolver um uso “mais limpo” de fontes de energia fósseis, na contramão do objetivo de uma economia menos focada em carbono.
(Fonte: Estado de Minas – 10/07/17)
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