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Açúcar contribui com alta do PIB do agronegócio mineiro de 8,15%

21 de Fevereiro de 2017

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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais cresceu 1,3% em novembro, elevando para 8,15% a alta acumulada nos primeiros 11 meses de 2016. Com base nos dados de novembro, a estimativa para 2016 é de que o PIB do setor tenha alcançado R$ 203,9 bilhões.

O incremento no resultado se deve à maior produção agrícola e aos preços valorizados em algumas culturas, com destaque para a cana de açúcar,  o milho e o feijão. Do valor total do PIB, R$ 112,7 bilhões serão provenientes da atividade agrícola e R$ 91,18 bilhões da pecuária. O PIB do agronegócio de Minas Gerais responde por 13,87% do PIB nacional do setor.

O PIB do agronegócio mineiro é estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com o apoio financeiro da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e apoios operacional e técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (Senar /MG).

Dentre os segmentos que compõem o agronegócio, no acumulado do ano até novembro, foi verificada alta de 2,46% em insumos, 5,75% no primário, 13,1% na indústria e 8,28% em serviços. A coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, destaca o crescimento da indústria na parcial de 2016, o que é considerado fundamental para agregar valor à produção.

O resultado positivo do PIB foi puxado pela atividade agrícola. Em novembro, o PIB da agricultura aumentou 2,69%, elevando para 19,4% o crescimento entre janeiro e novembro de 2016. O valor estimado das culturas para 2016, com base nos dados de novembro, é de R$ 112,7 bilhões. Nos 11 primeiros meses de 2016, a agricultura respondeu por 55,28% do PIB estadual do agronegócio.

No mês, foi verificada alta em três dos quatro segmentos da atividade agrícola. O maior crescimento foi no segmento primário (4,09%), seguido pelo de serviços (2,75%) e indústria (2,29%). Somente o de insumos apresentou retração de 1,41%.

No acumulado dos primeiros 11 meses de 2016, o setor de insumos encerrou o período com queda de 3,19%. Nos demais segmentos foram registradas altas de 28,02% no primário, 17,3% na indústria e 19,37% em serviços.

Na comparação anual, o café, principal produto do agronegócio, apresentou alta de 36,23% no faturamento, resultado da safra 36,42% maior. Os preços apresentaram pequena variação negativa de 0,13%.

O faturamento da cana-de-açúcar cresceu 12,23%, estímulo que veio dos preços 12,73% maiores. A produção, porém,  recuou 0,45%. “A demanda mundial em alta pelo açúcar é um dos fatores que justificam a elevação, ainda que a produção de cana tenha ficado menor”, explicou Aline.

O preço pago pelo milho cresceu 53,52%, contribuindo para que o faturamento da cultura ficasse 31,17% maior. A produção, em função da estiagem na segunda safra, recuou 14,56%. A produção 34,72% maior de soja foi fundamental para que o faturamento da cultura crescesse 34,7%, uma vez que os preços ficaram estáveis.

Já no feijão foi verificada alta de 76,27% no faturamento, estimulado pelos preços 71,8% maiores e pela produção 2,6% superior. O aumento de 17,78% nos preços e de 3,87% na produção de batata fez com que o faturamento da cultura crescesse 22,34%.

 (Fonte: Diário do Comércio – 21/2)

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