05 de Outubro de 2018
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O Banco do Brasil e a EDP Brasil assinaram acordo para construção de uma usina solar na cidade de Januária, no Norte de Minas. O contrato de R$ 44,7 milhões e com duração de 15 anos permitirá à instituição financeira uma economia de cerca de R$ 82 milhões no mesmo período. A energia gerada será utilizada na compensação do abastecimento de 58 agências do banco no Estado.
De acordo com o diretor de Transmissão da EDP, Fernando Saliba, a empresa do setor elétrico dará início à construção da usina fotovoltaica nos próximos meses e o início das operações está previsto para o segundo semestre do ano que vem. Segundo ele, a usina solar terá aproximadamente 5 megawatts-pico (MWp).
“Isso é o suficiente para gerar 11 GWh/ano, o que corresponde ao abastecimento de 4,5 mil residências com consumo médio de 2.400 kWh/ano. Para tal, serão utilizados 15 mil painéis fotovoltaicos em uma área equivalente a 15 campos de futebol”, detalhou.
Localizado em uma área de aproximadamente 150 mil metros quadrados, o empreendimento vai fornecer energia 100% renovável para 58 agências no Estado. Levando em consideração o consumo anual proveniente de energia limpa, será possível evitar a emissão de mais de 1 mil toneladas de gás carbônico.
A EDP, que possui uma unidade dedicada à implementação de empreendimentos solares de autoprodução e geração distribuída, será a responsável pelo projeto, construção, operação e manutenção dos sistemas, após vencer a licitação organizada pelo Banco do Brasil.
“A assinatura deste contrato com o Banco do Brasil representa a consolidação da EDP no segmento de energia solar. Participamos de um leilão bastante concorrido e conseguimos apresentar o melhor lance”, disse.
Em relação à construção em Minas Gerais, Saliba destacou o bom nível de irradiação solar no Norte do Estado e as tarifas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Por sua vez, o diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do Banco do Brasil, Nilson Martiniano Moreira, destacou que a usina solar permitirá reduzir o impacto ambiental das atividades do banco e contribuir para a cultura do uso responsável de recursos naturais.
“Temos uma série de iniciativas que visam à utilização de fontes de energia mais limpas e mais econômicas, bem como a redução do consumo e do desperdício. O leilão foi feito dentro desse contexto e diante da alta competitividade, a redução inicialmente esperada entre 20% e 30% poderá ultrapassar os 50%”, explicou.
Além disso, conforme o diretor, a expectativa do banco é de, nos próximos anos, construir outras duas usinas em Minas Gerais e expandir o modelo para os estados de Goiás, Distrito Federal, Pará, Maranhão e Bahia.
“Tudo vai depender do desempenho desta primeira usina. Mas já avaliamos que o projeto é bom sob os pontos de vista financeiro e sustentável. Sem contar que se trata de uma iniciativa pioneira no sistema financeiro e na administração pública do País”, concluiu.
Diário do Comércio – 05/10/18
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