Notícias

Alemanha vai injetar 5 bilhões de euros no setor automobilístico

18 de Novembro de 2020

Notícias

A indústria automobilística alemã, fortemente atingida pela pandemia, receberá até 5 bilhões de euros em ajuda do governo para superar a crise e prosseguir com a transição para os veículos elétricos.

Após reunião com representantes da indústria, o governo de Angela Merkel anunciou que deseja prorrogar até 2025 a ajuda para incentivar particulares a comprar veículos elétricos, substituir caminhões antigos e instalar mais pontos de recarga.

"A indústria automobilística alemã passa por uma mudança estrutural de longo prazo, que gera desafios enormes para as empresas, regiões e trabalhadores", declarou o porta-voz do governo, Steffen Seibert, assinalando que "as pequenas e médias empresas fornecedoras, em particular, devem ser apoiadas durante a transformação".

O novo plano de apoio a um dos principais setores da economia alemã irá destinar 1 bilhão de euros para prorrogar os incentivos à compra de veículos elétricos, a mesma quantidade para ajudas visando a renovar o parque de caminhões antigos, e outro 1 bilhão para um fundo destinado a apoiar os investimentos tecnológicos dos fornecedores.

Essas ajudas pretendem incentivar os postos de gasolina a se equipar com pontos de recarga elétrica. O governo alemão deseja que ao menos 25% de todos os postos contem com infraestrutura de recarga rápida até o fim de 2022; 50% até 2024; e 75% até 2026. Outros 2 bilhões de euros de fundos de reativação já existentes servirão para ajudar os fornecedores a se adaptar à nova realidade.

O setor automobilístico representa um quinto da indústria alemã, cerca de 5% do PIB, e gerava mais de 800 mil empregos diretos antes da pandemia, que, como no restante do mundo, provocou uma queda sem precedentes no mercado automobilístico alemão. A venda de veículos caiu 23% nos primeiros 10 meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2019.

Além da crise, o setor enfrenta a cara e complexa mudança para a mobilidade elétrica, onde a maioria das fabricantes alemãs tenta recuperar o atraso.

 

Fonte: Estadão Conteúdo – 17/11

 

 

 

 

Veja também