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Após sequência de perdas, Biosev teve lucro no 2º tri

13 de Novembro de 2020

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Controlada pela francesa Louis Dreyfus Company (LDC), que agora tem como acionista minoritário o fundo soberano de Abu Dhabi, a Biosev interrompeu uma sequência de resultados negativos e registrou lucro de R$ 423,6 milhões no 2º trimestre da safra 2020/21. O resultado foi sustentado pelo forte movimento de exportação de açúcar e etanol.

A receita líquida avançou 92%, para R$ 3 bilhões, sendo que só os embarques de açúcar alcançaram R$ 1,2 bilhão (mais que o dobro que um ano antes). As operações de trading de açúcar e etanol quadruplicaram, para R$ 999,7 milhões.

Os resultados refletiram, em boa medida, o aumento da produção, com uma moagem recorde no semestre, de 23 milhões de toneladas de cana, e alta concentração de sacarose. Com mais produto, a Biosev aproveitou melhor a maré favorável no mercado de açúcar.

O aumento da produtividade e os preços altos de açúcar e etanol ainda permitiram à companhia registrar apreciação no valor de seus canaviais em 276%, a R$ 734 milhões.

No trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 62%, a R$ 802,5 milhões. “Estamos colhendo os frutos da execução do plano de negócios”, afirmou José Juan Blanchar, CEO da Biosev, ao Valor.

A Biosev agora acumula resultado positivo no acumulado da safra de R$ 155,5 milhões. Porém, a companhia segue com o desafio de domar uma dívida elevada, cujo vencimento está cada vez mais próximo.

No fim de setembro, a dívida líquida era de R$ 7 bilhões. Do total, R$ 2,9 bilhões vencem na próxima safra (2021/22). A Biosev avançou no hedge de câmbio para a dívida em dólar, cobrindo US$ 264,9 milhões, ou pouco mais de 20%. Além disso, encerrou o trimestre com um caixa de R$ 681 milhões e carregou mais produto em estoque para a segunda metade da safra. Mas nada disso garantirá resultados suficientes para fazer frente aos próximo vencimentos. O diretor financeiro Leonardo D’Elia disse que a empresa segue em negociações com os bancos.

 

Fonte:  Valor Econômico – 13/11

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