Notícias

As mulheres motoristas do setor sucroenergético de Minas Gerais

24 de Março de 2017

Notícias

As mulheres estão abrindo frente em várias atividades no setor sucroenergético, antes consideradas bem masculinas. Entre elas, Vandereza Rodrigues Franco -  motorista de um caminhão rodotrem, que transporta a cana de açúcar do campo até a Usina Santa Vitória Açúcar e Álcool, localizada em Santa Vitória, no Triângulo Mineiro -  e Lucimar Silva Oliveira, operadora de colhedora de cana, na unidade Limeira do Oeste do Grupo Coruripe, também no Triângulo Mineiro.

Elas têm aberto espaço para outras mulheres nessas atividades dentro das usinas e demonstram nos olhos toda satisfação quando falam da profissão. Vandereza chega a se emocionar ao dizer que a família sente um enorme orgulho dela!

Vandereza e Lucimar participaram como debatedoras no VI Encontro Cana Substantivo Feminino, no painel “Fazer Diferente”, dia 16 de março em Ribeirão Preto (SP).

Lucimar e Vandereza                                                                                                     Lucimar e Vandereza

Abaixo uma conversa rápida com Vandereza sobre sua atuação na Santa Vitória.

SIAMIG – O que te levou a pensar em ser motorista de caminhão?

Vandereza Franco  – Na verdade, foi um pouco a monotonia da vida de ser somente dona de casa e a necessidade de ter um salário, plano de saúde e conquistar algo maior.  Eu tive a oportunidade de ingressar em 2012 na Usina Santa Vitória e fui crescendo, dirigindo caminhões menores, até chegar no atual rodotrem (tipo de caminhão que se enquadra na categoria de combinação veicular rodoviária).

SIAMIG – Você já começou como motorista então?

Vandereza – Sim, eu comecei em caminhões menores, tipo transbordo. Eu já tinha sido  motorista em outra empresa, que mexia com coleta de lixo, onde fiquei oito meses, e depois ingressei na usina Usina Santa Vitória, onde estou há cinco anos, na primeira safra com transbordo e nas últimas quatro safras dirigindo o rodotrem.

SIAMIG – Como é o relacionamento com os homens? É um desafio?

Vandereza  – Então, eu não sofri muitos preconceitos, ao contrário, meus superiores acharam o máximo uma mulher como motorista de rodotrem, e, até hoje, falam que gostaram muito da experiência. Depois de mim, outras mulheres foram contratadas também para a atividade.  Graças a Deus a usina conta com um grande número de mulheres em todos os setores.

SIAMIG – Nessa parte de motoristas também?

Vandereza  – Como motorista somos três mulheres, mas tem outras dirigindo o caminhão comboio, além de operadoras de máquinas agrícolas. 

SIAMIG – Qual a diferença que você acha que existe no trabalho feminino para o masculino?

Vandereza -  Acho que a mulher é mais preventiva, ela tem gosto no que faz, faz com amor, por ela e também pelos filhos que estão em casa. Meus filhos falam que tem orgulho de mim e fico muito emocionada. Toda minha família tem orgulho de mim e isso não tem preço.

SIAMIG – A gente fica até emocionada também. E você quer continuar? Essa é a sua profissão?

Vandereza – Essa é a minha profissão. Se dez vidas eu tiver, nas dez quero ser motorista!

 

(Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG – 24/3)

Veja também