04 de Janeiro de 2017
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O comércio exterior de Minas Gerais fechou 2016 com resultado modesto. As exportações ficaram praticamente estáveis na comparação com as de 2015, mas o saldo da balança aumentou 16,1% em relação ao resultado do ano anterior. No entanto, o crescimento do saldo foi gerado pela queda de 25,3% nas importações e não pelo aquecimento das vendas externas.
No fim do ano passado, as exportações apresentaram uma recuperação. Um dos estímulos veio do aumento de 93,7% nos preços internacionais do minério de ferro, principal produto da pauta estadual de embarques. Outro impulso foi o forte crescimento dos embarques do açúcar da cana, que foram beneficiados pela retração da oferta mundial do produto, principalmente a da Índia.
Até outubro do ano passado, a queda acumulada das exportações, em valor, era de 4,5%, e passou para uma retração de 2,9% até novembro, sempre em relação aos mesmos meses do exercício anterior. Os embarques mineiros fecharam 2016 com leve recuo de 0,4%, somando US$ 21,920 bilhões contra US$ 22,009 bilhões em 2015, o que indica uma estagnação. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
Em 2016, as vendas externas de minério somaram US$ 6,667 bilhões, 7,6% de alta frente ao montante de US$ 6,194 bilhões do exercício anterior. A participação do insumo siderúrgico na pauta das exportações mineiras no ano passado foi de 30,4%, com base nas informações do Mdic.
Os embarques de açúcar proveniente da cana também cresceram. Com a oferta mundial do produto retraída, principalmente a da Índia, as exportações mineiras somaram US$ 1,087 bilhão em 2016 contra US$ 762,8 milhões em 2015, um salto de 42,6%.
Por outro lado, as vendas externas de café, o principal produto da pauta do agronegócio mineiro e segundo das exportações do Estado como um todo, atrás apenas do minério de ferro, caíram. Em 2016, os embarques do grão somaram US$ 3,519 bilhões ante US$ 3,668 bilhões em 2015, o que representa uma queda de 4%.
No caso do café, o recuo do valor exportado foi causado pela queda da cotação internacional da commodity agrícola de aproximadamente 10% em 2016, quando comparado aos preços do café exportado por Minas no exercício anterior, segundo o Mdic.
Responsáveis pelo resultado positivo do saldo da balança mineira em 2016, as importações somaram US$ 6,554 bilhões, com retração de 25,3% em relação ao total apurado em 2015 (US$ 8,776 bilhões). A hulha betuminosa, mais conhecida como carvão mineral, usado pela indústria siderúrgica, foi o item mais importado, com participação de 5,4%.
Com as exportações praticamente estagnadas e as importações com queda de 25,3%, o saldo da balança comercial mineira fechou 2016 com resultado 16,1% maior do que o de 2015. Os embarques atingiram US$ 15,366 bilhões contra US$ 13,233 bilhões de compras externas.
Embora o resultado da balança comercial do Estado tenha sido positivo, a corrente comercial, que corresponde à soma das exportações e importações, registrou queda em 2016. No ano passado, Minas movimentou US$ 28,474 bilhões com compras e vendas no mercado mundial contra US$ 30,785 bilhões, uma retração de 7,5%.
(Fonte: Diário do Comércio – 04/01)
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