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"Bolsonaro é uma pessoa pragmática", diz Rubens Ometto

31 de Outubro de 2018

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 Rubens Ometto, dono da Cosan e maior empresário do segmento sucroalcooleiro do país, afirmou nesta terça-feira a jornalistas, em evento em São Paulo, que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), a quem apoiou no segundo turno, “tem um viés ambiental pragmático”, defendeu a proposta do futuro governo de realizar privatizações na Petrobras e reforçou que pode ter interesse em ativos de refino da estatal.

“Ele tem viés ambiental, claro que tem. Mas tem viés ambiental pragmático. Ele é uma pessoa pragmática. Tanto que ele conseguiu uma votação grande porque a comunicação dele é muito clara, muito simples, muito pragmática”, disse Ometto pela manhã , após participar da Conferência Datagro, voltada ao segmento de açúcar e etanol.

À tarde, Onyx Lorenzoni (DEM), coordenador da equipe de transição e futuro ministro-chefe da Casa Civil do novo governo, disse que o Ministério do Meio Ambiente será “fundido” com o da Agricultura, voltando à proposta inicial de Bolsonaro, após recuo anunciado antes do segundo turno sobre a questão.

 Também na campanha, Bolsonaro sinalizou que o Brasil poderia sair do Acordo de Paris e flexibilizar regras ambientais, o que levantou preocupações não apenas entre ambientalistas, mas também entre alguns elos do próprio segmento sucroalcooleiro, já que o recém-criado programa RenovaBio, de estímulo aos biocombustíveis, está alinhado às metas do país no acordo climático.

Questionado sobre uma eventual saída do Brasil do Acordo de Paris ou de mudanças da participação do país no acordo, Ometto não demonstrou preocupação. “Calma, deixa andar. Vocês estão muito precipitados. Poder ele pode tudo. Ele é um cara racional, vai ter gente boa do lado dele”, afirmou o empresário. “Ele é um patriota. Vai querer fazer o que é melhor para o nosso país. Pode acreditar nisso”, acrescentou.

O empresário também indicou que uma eventual privatização de áreas de refino da Petrobras, como também foi mencionado pela equipe de Bolsonaro (PSL), “está no nosso negócio”.

“Acho que está no nosso negócio. Se tem interesse, depende de um monte de coisa”, disse. Segundo Ometto, o interesse “depende do modelo” da privatização. Questionado sobre que outras áreas podem ser privatizadas e que poderão estar no foco de interesses da Cosan, ele disse apenas que o foco da companhia está “na parte de logística e de energia”.

Em abril, a Raízen, joint venture que a Cosan mantém com a Shell, adquiriu ativos de refino da Shell na Argentina, em seu primeiro passo de entrada nesse ramo. Sobre um eventual investimento nessa área no Brasil em caso de privatizações na Petrobras, Ometto disse que “seria uma forma de continuar nosso negócio”. Para o empresário, a privatização de negócios da estatal “é saudável para o país e para a Petrobras”.

Quanto à perspectiva para a política de preços de combustíveis da Petrobras sob o governo Bolsonaro, o empresário afirmou que acredita que ele não vai interferir. “É o que é racional”, opinou Rubens Ometto, dono da Cosan e maior empresário do segmento sucroalcooleiro do país, afirmou hoje a jornalistas, em evento em São Paulo, que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) “tem um viés ambiental pragmático”.

“Ele tem viés ambiental, claro que tem. Mas tem viés ambiental pragmático. Ele é uma pessoa pragmática. Tanto que ele conseguiu uma votação grande porque a comunicação dele é muito clara, muito simples, muito pragmática”, disse.

Durante a campanha, a equipe de Bolsonaro sinalizou que o Brasil poderá sair do Acordo de Paris e flexibilizar regas ambientais, e levantou preocupações não apenas entre ambientalistas, mas também entre alguns elos do próprio segmento sucroalcooleiro, já que o recém-criado programa RenovaBio, de estímulo aos biocombustíveis, está alinhado às metas do país no acordo climático.

Questionado sobre uma eventual saída do Brasil do Acordo de Paris, Ometto não demonstrou preocupação. “Calma, deixa andar. Vocês estão muito precipitados. Poder ele pode tudo. Ele é um cara racional, vai ter gente boa do lado dele”, afirmou o empresário. “Ele é um patriota. Vai querer fazer o que é melhor para o nosso país. Pode acreditar nisso”, acrescentou.

Quanto à perspectiva para a política de preços de combustíveis da Petrobras sob o governo Bolsonaro, o empresário afirmou que acredita que ele não vai interferir. “É o que é racional”, opinou.

Ainda segundo Ometto, uma eventual privatização das áreas de refino da Petrobras, como também foi mencionado pela equipe de Bolsonaro (PSL), “está no nosso negócio”.

“Acho que está no nosso negócio. Se tem interesse, depende de um monte de coisa”, afirmou o empresário, após participar da Conferência Datagro, voltada ao segmento de açúcar e etanol. Segundo Ometto, o interesse “depende do modelo” da privatização. Questionado sobre que outras áreas que podem ser privatizadas e que poderão estar no foco de interesses da Cosan, ele mencionou “a parte de logística e de energia”.

Questionado sobre sua expectativa para o ritmo de privatizações no governo Bolsonaro, Ometto afirmou que “é o discurso dele. Vamos ver”. Para o empresário, a privatização de negócios da estatal “é saudável para o país e para a Petrobras”.

No primeiro semestre, a Raízen, joint venture que a Cosan mantém com a Shell, adquiriu ativos de refino da Shell na Argentina, em seu primeiro passo de entrada nesse ramo. Sobre um eventual investimento nessa área no Brasil, Ometto disse que “seria uma forma de continuar nosso negócio”.

Valor Econômico - 30/10/18

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