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Brasil não evoluiu em competitividade

07 de Junho de 2018

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Ontem, durante entrevista coletiva, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o Instituto Aço Brasil (Aço Brasil) e a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) abordaram outras decisões tomadas pelo governo federal em detrimento da indústria.

Além do Reintegra, foram citadas as mudanças nas regras de conteúdo local; a abertura unilateral da economia brasileira, sem as correções de competitividade; e as medidas com viés político, relacionadas à defesa comercial do mercado interno.

Neste sentido, o presidente da AEB, José Augusto de Castro, lembrou que ao longo dos últimos anos, a indústria brasileira tem perdido competitividade em razão do custo Brasil, sobretudo pela burocracia e entraves logísticos que encarecem a produção. Ele opinou que o parque fabril vem perdendo a participação no Produto Interno Bruto (PIB) precocemente, sem ter atingido um mínimo de consolidação.

“Desde o início de 2016 vínhamos lutando para que o governo aumentasse a alíquota do Reintegra, pois se mantivesse os 2% teríamos problemas no futuro. Agora que este futuro está chegando, ainda somos surpreendidos com esta redução”, lamentou.

O dirigente ressaltou que, em 2017, o Brasil exportou o mesmo volume de bens manufaturados do que em 2005. Para ele, isso significa 12 anos sem evolução. E a expectativa é que este cenário piore. “Acumulando as exportações de manufaturados de 2015 a 2018, o volume ainda será menor do que o alcançado em 2007”, comparou.

De acordo com Castro, em função da forte retração no mercado interno entre 2015 e 2016, era esperado que as empresas se voltassem para o mercado internacional, o que não ocorreu. A justificativa para isso se dá pela falta de competitividade. “Este é um assunto recorrente e real. As nossas empresas não exportam, pois não possuem força competitiva. E isso só vai mudar quando tivermos uma reforma tributária e não cortes ainda mais profundos nas receitas de quem gera riqueza para o País”, concluiu.

Fonte: Diário do Comércio – 17/06/2018

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