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Caminhoneiros param contra alta de impostos e pode faltar combustível nos postos

01 de Agosto de 2017

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Pode faltar combustível nesta terça-feira (1), segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Bráulio Baião Barbosa Chaves.

O motivo é a paralisação dos caminhoneiros em vários pontos do país, a partir da zero hora desta terça-feira (1). “A paralisação preocupa muito, já que o reabastecimento nos postos é diário”, diz Bráulio.

 O presidente do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), Irani Gomes, confirmou a participação da categoria no movimento. A paralisação é para protestar contra o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis.

Para Chaves, o impacto não será sentido apenas nos postos. Compromete também o abastecimento de diversos setores. “Se não tiver óleo diesel, não tem como transportar mercadorias”, diz.

Diretor do Sindtanque-MG, José Geraldo de Castro diz que vai faltar combustível e que a quantidade de dias da paralisação vai “depender do governo federal”. A Federação dos Transportadores Autônomos de Cargas de Minas Gerais (Fetramig) também apoia o movimento, conforme o presidente da entidade, Gilmar Carvalho.

O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sérgio Guerra, afirma que há impactos com a paralisação, já que matérias-primas deixam de ser entregues nas indústrias e o escoamento dos produtos fica comprometido. “Agora, a intensidade do impacto vai depender da adesão ao movimento e da quantidade de dias parados”, analisa.

Para o vice-presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Gilson de Deus Lopes, se a greve for de um dia, não haverá impactos expressivos. “Acima de cinco dias, aí a situação se complica para os produtos mais perecíveis, como hortifrutigranjeiros. Agora, itens de mercearia, como arroz, feijão, óleo, é possível manter o abastecimento por 15 dias”, diz. Ele diz que a manifestação é legítima, “por ser contra a alta dos impostos”.

O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marco Antônio Gaspar, diz que sempre há algum tipo de reflexo. “É possível que venha a faltar algum produto em alguns lugares. Os segmentos que devem sentir mais são os que comercializam produtos perecíveis, além dos combustíveis”, observa. A Polícia Rodoviária Federal informou que está monitorando a movimentação das rodovias com a cooperação de entes estaduais. E frisou que existe contingenciamento orçamentário, o que interfere no deslocamento de pessoal.

(Fonte: O Tempo – 01/08/17)

 

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