07 de Junho de 2017
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Após anos convivendo com a poluição, a China quer consolidar seu papel como líder mundial em energia limpa. Para isso, o país se direciona para o fim do uso de combustíveis fósseis poluentes e investe cada vez mais em fontes renováveis.
A política do governo chinês caminha na contramão dos Estados Unidos. O país tem se movido para capitalizar o vácuo deixado pelo presidente americano Donald Trump, que recentemente anunciou a retirada de seu país do Acordo de Paris para mudanças climáticas.
Dessa forma, a China espera tornar-se a principal fornecedora de tecnologia de energia limpa no mundo e ser a principal parceira de diversos países para atingirem seus objetivos climáticos.
Um dos símbolos dessa nova política é a construção da maior usina de energia solar flutuante do mundo. A instalação foi construída em um lago criado por um desmoronamento de uma mina de carvão abandonada na região de Anhui e deve gerar energia suficiente para abastecer várias cidades próximas.
Além disso, o país iniciou uma campanha interna e no exterior com investimentos pesados para consolidar sua participação em energia limpa, como a solar, a eólica, entre outras fontes renováveis. Com isso, a China espera que sua política direcionada para a energia limpa traga vantagens econômicas, segurança nacional e estabilidade política, indo além do compromisso de salvar o planeta.
"A China tem a oportunidade de ultrapassar os países ocidentais em novas fontes de energia", afirma Li Tao, diretor técnico da fornecedora de painéis solares JA Solar.
Enquanto isso, o carvão segue perdendo força no país. Embora a China ainda esteja construindo usinas de carvão, já cancelou o plano de construir outras e muitas das existentes estão operando bem abaixo da capacidade.
"O carvão acabou. Será reduzido gradualmente a cada ano, cidade por cidade", declarou Li Junfeng, um funcionário de energia renovável de longa data, na Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
(Fonte: Opinião e Notícia – 06/06/17)
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