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Com preço do açúcar em baixa, Coaf amplia produção de etanol em 16% na safra 2018/19

23 de Janeiro de 2019

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Um grupo de 800 fornecedores de cana da Zona da Mata Norte de Pernambuco, responsável pela reativação da usina Cruangi, em Timbaúba, comemora a conclusão da moagem com 627 mil toneladas nesta safra.

A cooperativa informa que superou a marca de 547 mil toneladas da safra anterior, um crescimento de 13%. Também ampliou a fabricação de etanol com 51,6 milhões de litros, crescendo 16% em comparação com a última safra.

A unidade diz ter focado na produção do combustível devido os baixos preços do açúcar no mercado nacional e global. E ainda produziu 6,2 milhões de litros de cachaça.

Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana (Coaf), conta que a cooperativa assumiu a usina em 2015 e vem crescendo desde então.

“O grupo tem investido na qualificação da unidade. Só na eletrificação das moendas, investiu R$ 3,5 milhões nesta safra. Já colhem resultados desta aposta e têm gerado uma sobra maior do bagaço da cana, que está sendo vendido em grande quantidade para a alimentação de animais e inclusive para o uso de outras usinas”, explica e detalha: “O bagaço é utilizado como matriz energética. Só para a alimentação, foram comercializadas 1,5 mil toneladas de sobras do bagaço hidrolisado nesta safra, ante as 264 toneladas na anterior”.

Ele ainda afirma que, a usina já vendeu 15 mil toneladas da sobra do bagaço in natura, usado na produção de energia por outras usinas e no setor avícola para acomodar as aves. Além disso, há mais 13 mil toneladas para serem negociadas.

O dirigente ainda destaca que a unidade deve ficar como a melhor pagadora do preço da cana dentre as usinas de Pernambuco. Nos dois últimos anos, a Coaf pagou o maior valor médio pelo açúcar total recuperável (ATR) da cana. “O nosso ATR médio da atual safra foi de R$ 141 por quilo. Tem tudo para ser o maior outra vez”, diz Lima.

A usina Cruangi é responsável por 300 postos de trabalho na unidade e mais 3,7 mil empregados nos engenhos dos 800 agricultores cooperativados.

“Tivemos uma das melhores safras até agora, apesar da mortandade de parte dos canaviais diante de períodos secos. Já vamos reiniciar os preparativos para a nova safra e esperamos que o clima ajude para que possamos atingir marcas maiores”, disse o gestor.

UOL – 23/01/2019

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