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Como o país, setor sucroenergético vive a expectativa sobre quem irá governar o Brasil a partir de 2019

23 de Julho de 2018

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Setor vive expectativas sobre como será a política energética, a de preços dos combustíveis e como ficará o RenovaBio.

Quanto menos o governo interfere melhor. Assim dizem muitos especialistas. Mas há alguns temas e setores que dependem muito das decisões governamentais, é o caso do setor energético, do qual faz parte a agroindústria canavieira, em decorrência da produção de etanol e energia elétrica gerada pela biomassa da cana.

A matriz energética do país é considerada algo estratégico, por isso está sob a tutela governamental. Por ser estratégico, de suma importância, o correto era que a matriz energética fosse tratada com equilíbrio, políticas de longo prazo, planejamento e manutenção de projetos e ações desenvolvidas.

Mas não é o que ocorre, os interesses dos governos mudam a cada novo presidente que entra, ou muda mesmo durante o próprio governo. Nos últimos anos, incentivos e desincentivos acabaram comprometendo a evolução do setor sucroenergético brasileiro, que amarga gravíssima crise há mais de 10 anos. Por exemplo, a consequência direta do subsídio à gasolina foi o fechamento de usinas e o aumento expressivo do endividamento do setor, que saiu da casa dos R$ 5 bilhões, em 2005, para mais de R$ 100 bilhões, em 2017.

O papel do governo para o setor de etanol é criar o máximo de estabilidade e previsibilidade possível para que haja investimentos. As incertezas quanto às políticas públicas dificultam o planejamento do setor. É fundamental que a agroindústria canavieira volte a crescer. No final de 2016, surgiu uma grande oportunidade para a retomada do setor, o lançamento do programa RenovaBio pelo Governo Federal, que visa promover a participação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira, dentre eles o etanol.

 O sucesso desse programa é fundamental não só para o crescimento do setor, ao gerar empregos e estimular o mercado de combustíveis, mas principalmente para o cumprimento das metas de emissão de CO2 brasileiras apresentadas na COP21.

Vendo sob a ótica da gestão eficiente, do correto a ser feito independente do novo governo que assume em 2019, o RenovaBio deve ser mantido e executado, a matriz energética deve ser tratada, realmente, como estratégica e a política de combustível deve ser coerente. Mas como da cabeça dos políticos normalmente sai o que não faz bem para o país, o setor e o Brasil, vivem dias angustiantes.

Fonte: CanaOnline – 23/07/2018

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