20 de Julho de 2018
Notícias
Toda complexa engenharia feita pelo governo federal para reduzir os preços do óleo diesel nas bombas para pôr fim à greve dos caminhoneiros, que começou no fim de maio e durou 11 dias, teve poucos resultados.
De acordo com cálculos feitos por Adriano Pires Rodrigues do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), se a Petrobras tivesse mantido sua política de variações dos preços diárias, atualmente o valor do diesel nas refinarias seria de R$ 2,0746 o litro, apenas 2% acima do preço vigente que é de R$ 2,0316, que está congelado nas refinarias.
Isto porque, de acordo com o executivo os preços do petróleo que em fins de maio a preço do barril do petróleo estava cotado a US$ 80 o barril no mercado internacional, e agora está em torno de US$ 68. Adriano lembra que no dia 30 de maio o governo criou a subvenção de R$ 0,30 no diesel, representando um gasto no subsidio de R$ 10 bilhões.
– Ou seja, toda essa confusão que trouxe de volta o tabelamento, congelamento e ressarcimento serviu par reduzir o preço do diesel em apenas 2%. Isso porque o governo não entende que o preço do petróleo e volátil. No momento da greve estava acima dos US$ 80 o barril agora está abaixo dos US$ 70. E o mais grave é que essas medidas vão impedir qualquer tentativa de quebra de monopólio de refino no Brasil – alertou Adriano Pires.
Nas bombas, a redução também foi pequena, da ordem de R$ 0,10 por litro no país. De acordo com dados da Pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na semana de 8 a 14 deste mês, o diesel estava sendo vendido a um preço médio de R$ 3,388 contra R$ 3.482 o litro na primeira semana de junho. No Estado do Rio a queda foi menor, o diesel está custando R$ 3,455 o litro contra R$$ 3,482 o litro na primeira semana do mês passado.
David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da ANP, disse que o tabelamento de preços é algo que, comprovadamente, não se mostrou eficaz quando foi adotada.
– Congelamento é algo que não funciona e é medieval. É um mecanismo ruim, pois se o petróleo baixar ainda mais o consumidor não vai ter o benefício – destacou ele.
Fonte: O Globo – 20/07/2018
Veja também
19 de Abril de 2024
Programa Mover pode acelerar a descarbonização do setor automotivo, diz KPMGNotícias
19 de Abril de 2024
Produção de cana em 2023/24 atinge recorde de 713,2 milhões de t, diz ConabNotícias
19 de Abril de 2024
Novo presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool é apresentado ao ministro Carlos Fávaro em BrasíliaNotícias