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Consumo de renováveis vai crescer 4,8% ao ano até 2035

26 de Janeiro de 2017

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O consumo de energias renováveis no Brasil vai mais que dobrar de 2015 até 2035, aumentando 4,8% ao ano, de acordo com o relatório BP Energy Outlook, divulgado ontem (25). A projeção dele é que o país vai se tornar um exportador líquido de energia, com o crescimento das produções de petróleo, gás e energias hidroelétrica, nuclear e renováveis, superando o crescimento da demanda por energia. A produção de energia no Brasil vai passar de 94% do consumo em 2015 para 112% em 2035.

O BP Outlook mostra que o único combustível que vai sofrer retração no seu consumo é o carvão, com queda de 16%. Os renováveis, incluindo biocombustíveis, vão crescer 157%; a hidrelétrica vai aumentar 37%; o petróleo cresce 16%, o gás natural, 43% e o nuclear, 149%. O relatório mostra ainda que o consumo de energia vai crescer 2,2% entre 2015 e 2035. O consumo de gás cresce 1,8% ao ano, mais que a média mundial, que vai ficar em 1,6%. Já a produção de gás natural sobe 1,7% ao ano no período, crescendo cerca de 1 Bcf/d até 2035.

O consumo de energia elétrica crescerá 2,2% a.a. entre 2015 e 2035. A fonte hidrelétrica continuará a ter posição de liderança, mas vai ter a participação reduzida de 63% para 56%, na medida em que as renováveis dobram no período. Outra revelação importante do relatório é que até o final da projeção, a fonte eólica vai ultrapassar o gás natural e vai ser a segunda maior fonte de geração de energia.

Vai ocorrer um aumento de 41% no consumo de energia no país e a intensidade energética, que é quantidade de energia necessária para gerar uma unidade do PIB, vai recuar 2% até 2035. O número é considerado baixo na comparação com a queda global, de 33%.

                             .Devido ao maior consumo por plásticos, a demanda mundial por petróleo seguirá subindo até a década de 2040, mesmo com a expansão rápida da frota de veículos elétricos e a tecnologia revolucionando o transporte, disse um relatório divulgado ontem (25) pela petroleira britânica BP.

A previsão de crescimento sustentado da demanda para o combustível vem enquanto algumas petroleiras - como a anglo-holandesa Shell - acreditam em demanda estável até o começo de 2030, ao passo que países gradualmente buscam usar energias menos poluentes.

Em seu relatório, que é uma referência para o setor, a BP prevê uma significativa desaceleração das emissões de carbono, que permanecem bem acima dos objetivos estabelecidos pelos governos para combater o aquecimento global.

A petroleira britânica também disse que as atuais reservas globais recuperáveis de petróleo, de cerca de 2,6 trilhões de barris, são suficientes para atender mais que o dobro da demanda até 2050.

A abundância de petróleo pode preparar o cenário para uma luta de longo prazo entre produtores de baixo custo, como as companhias de shale dos EUA, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no Oriente Médio, a Rússia e a produção offshore mais cara em áreas como o Brasil e Ásia, afirmou o economista-chefe da BP, Spencer Dale.

“Os produtores de baixo custo usarão sua vantagem competitiva para aumentar sua participação em relação aos produtores de alto custo”, disse Dale a repórteres.

Ele não forneceu uma previsão para os preços do petróleo.

(Fonte CanalEnergia e Reuters – 25/01)

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