27 de Março de 2019
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Nesta segunda-feira (25), a Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar (Coaf), que possui 830 fornecedores de cana de açúcar, decidiu distribuir até R$ 40 mil por agricultor cooperativado que forneceu cana para a produção de etanol e de cachaça nesta safra. A cooperativa reativou a Usina Cruangi, em Timbaúba (PE), em 2015, além de atuar na revenda de insumos agropecuários deste 2010.
Ao todo, a usina e o negócio de insumos (Coaf matriz) faturaram R$ 158,6 milhões no último ano fiscal, tendo sobras operacionais de R$ 13,2 milhões. É justamente uma parte das sobras que será repartida entre cooperativados. Em assembleia na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), foi decidido que os agricultores receberão R$ 1 a cada tonelada de cana fornecida, limitado até 40 mil toneladas ou R$ 40 mil.
“Cada agricultor cooperativado receberá o valor em forma de crédito da Coaf matriz onde poderá adquirir insumos para suas propriedades rurais, sem precisar pagar. Esta iniciativa contribuirá também para a queda no custo produtivo da cana em PE”, conta o presidente da AFCP e da Coaf, Alexandre Andrade Lima. Na assembleia, ele foi reeleito presidente da cooperativa e ficará à frente do empreendimento até março de 2023.
A Coaf ressalta que o valor é independente do pagamento da cana, que teve bônus médio de R$ 26 por tonelada. Segundo a cooperativa, esse foi o maior preço no estado para o período. Além disso, a unidade também obteve o melhor Açúcar Total Recuperável (ATR) entre as usinas pernambucanas, com uma média de 141 kg por tonelada.
A usina conta com apoio do governo estadual desde sua reativação, por meio de um incentivo fiscal na venda de etanol hidratado. Ainda segundo a própria Coaf, ela foi a unidade pernambucana com a melhor eficiência e rendimento.
Para os próximos anos, Lima espera continuar distribuindo as sobras para os cooperativados. Este foi o primeiro ano em que isso aconteceu na usina. Pela primeira vez, a Coaf também passou a investir na unidade industrial, sem a necessidade de empréstimos.
“Milhões já foram investidos em melhorias no parque fabril e outros mais já estão sendo aplicados, como nos setores da cogeração de energia, eletrificação das moendas, na compra de uma coluna para a destilaria e na balança e nos tanques de armazenamento de etanol e de cachaça, já que a unidade também passou a fabricar aguardente”, afirma a Coaf, em nota.
Na safra, a usina moeu 627 mil toneladas de cana e fabricou 51,6 milhões de litros de etanol e 6,2 milhões de litros de cachaça. Para a próxima temporada, a Coaf espera produzir 15 milhões de litros de aguardente. Também está nos planos o início da fabricação de açúcar, mas isso depende de uma melhora no preço global da commodity.
COAF – 27/03/2019
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