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Copersucar reduz previsão para o açúcar

06 de Junho de 2017

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A brasileira Copersucar, uma das maiores negociantes de açúcar e etanol de cana, reduziu sua previsão para a produção do adoçante na safra 2017/18 do Centro-Sul do Brasil devido à queda acentuada dos preços do açúcar.

O presidente-executivo da Copersucar, Paulo Roberto Souza, disse a jornalistas nos bastidores de uma conferência de biocombustíveis nesta segunda-feira, que a empresa cortou sua estimativa para a produção de açúcar para 35,5 milhões de toneladas, ante 36 milhões de toneladas anteriormente.

A Copersucar, por outro lado, aumentou sua projeção para a produção de etanol do Centro-Sul em 300 milhões de litros, para 24,5 bilhões de litros.

"Enquanto os preços do açúcar caem, o etanol tem se tornado mais competitivo em comparação com a gasolina em algumas regiões do Brasil, incentivando usinas a ajustar seu mix de produção", disse Souza.

As unidades do Centro-Sul têm alguma flexibilidade para ajustar o mix de produção de açúcar e etanol, dependendo das receitas esperadas com os produtos.

As usinas aumentaram em grande medida a quantidade de cana que destinam à produção de açúcar nos últimos dois anos, quando os preços da commodity em Nova York atingiram uma máxima de cinco anos, em torno de 23 centavos por libra-peso.

Mas os preços caíram nos últimos seis meses para cerca de 14 centavos, com expectativas de uma maior produção mundial de açúcar.

Souza disse que em regiões que estão longe dos portos de exportação de açúcar, como o Estado de Goiás no Centro-Oeste do Brasil, as vendas locais de etanol estão dando melhores retornos do que a venda de açúcar aos mercados de exportação.

A Copersucar é responsável pela comercialização de açúcar e etanol produzidos por mais de 30 usinas no Brasil. A companhia é parceira da Cargill na joint venture Alvean, líder mundial no comércio de açúcar.

Souza acredita que o fator de preço pode afetar as expectativas de um superávit global de açúcar na safra 2017/18.

"Estávamos esperando um superávit global de 2 ou 3 milhões de toneladas, mas isso mudará com preços menores. Podemos até mesmo ver um equilíbrio no mercado, basicamente sem excedentes ou déficit ", disse ele.

(Fonte: Reuters – 05/06/17)

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