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Cosan compra distribuidoras de gás da Petrobras por R$ 2 bilhões

29 de Julho de 2021

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A Compass, empresa de gás e energia do grupo Cosan, fechou a compra da fatia de 51% na Gaspetro, empresa que detém participações em 19 distribuidoras estaduais de gás encanado. Com a aquisição, a dona da Comgás se torna a principal empresa do setor no país.

A operação movimentará R$ 2,03 bilhões e depende ainda de aprovação dos órgãos de defesa da concorrência e de avaliação do exercício de direito de preferência dos sócios da estatal na Gaspetro, a japonesa Mitsui, e nas distribuidoras estaduais.

Segundo a Petrobras, a venda respeita compromisso firmado com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), parte de um plano implantado no governo Michel Temer para reduzir a presença estatal no setor.

Além disso, disse a companhia, a venda das operações está alinhada a seu plano de investimentos, que tem como objetivo a "otimização do portfólio e a melhora de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor".

Com a compra da Gaspetro, a Compass acrescenta à sua carteira mais de dez mil quilômetros de redes de distribuição de gás encanado, que atendem a mais de 500 mil clientes, com volume distribuído de cerca de 29 milhões metros cúbicos por dia.

A companhia já é dona hoje da maior distribuidora de gás encanado do país, a Comgás, hoje alvo de um debate sobre a renovação do período de concessão, que vence em 2029. O governo de São Paulo propõe dar mais 20 anos de concessão, mas enfrenta a resistência de grandes consumidores. 

Na quinta (23), a Justiça estendeu por 120 dias a consulta pública da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) sobre o tema.A decisão foi dada pelo Tribunal de Justiça do estado a pedido de fabricantes de vidro, para quem o prazo é curto para analisar as implicações da proposta.

Com a compra da Gaspetro, a Compass assumiria também a Gas Brasiliano, uma das três distribuidoras de gás encanado de São Paulo, que opera da região oeste do estado. No mercado, há preocupações sobre o poder que a companhia assumirá com a operação.

 

Fonte: Folha de S. Paulo – 28/07

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