14 de Setembro de 2020
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O consumo de combustíveis fósseis deve diminuir pela primeira vez na história moderna, à medida que as políticas climáticas impulsionam a energia renovável, enquanto a pandemia de coronavírus deixará um efeito duradouro na demanda global por energia, informou a BP em uma previsão.
O Energy Outlook 2020 da BP, uma referência para o mercado, sustenta a nova estratégia do presidente-executivo da empresa, Bernard Looney, para “reinventar” a empresa de petróleo e gás de 111 anos, mudando o foco para energias renováveis.
Este ano, a BP estendeu seus cenários até 2050, para alinhá-los com à estratégia da empresa de zerar as emissões de carbono de suas operações até a metade do século. Isso inclui três cenários que assumem diferentes níveis de políticas governamentais destinadas a cumprir o acordo climático de Paris de 2015 para limitar o aquecimento global a “bem abaixo” de 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais.
Em seu cenário central, a BP prevê que a Covid-19 eliminará cerca de 3 milhões de barris por dia (bpd) em 2025 e 2 milhões de bpd em 2050.
Em seus dois cenários agressivos, a Covid-19 acelera a desaceleração do consumo de petróleo, fazendo com que o pico seja o ano passado. No terceiro cenário, a demanda de petróleo atinge o pico por volta de 2030.
Embora a participação dos combustíveis tenha diminuído no passado como porcentagem do bolo total de energia, seu consumo nunca diminuiu em termos absolutos, disse o economista-chefe da BP, Spencer Dale, a jornalistas.
“(A transição energética) seria um evento sem precedentes”, disse Dale. “Nunca na história moderna a demanda por qualquer combustível comercializado diminuiu em termos absolutos.”
Ao mesmo tempo, “a parcela da energia renovável cresce mais rapidamente do que qualquer combustível jamais visto na história”.
A participação dos combustíveis fósseis deverá diminuir de 85% da demanda total de energia primária em 2018 para entre 20% e 65% até 2050 nos três cenários. Ao mesmo tempo, a participação das energias renováveis deve crescer de 5% em 2018 para até 60% em 2050.
Fonte: Reuters – 14/09
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