02 de Março de 2017
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Pelo segundo ano seguido, as duas principais distribuidoras privadas de combustíveis do país se aproveitaram da política de preços da Petrobras para inflar seus lucros.
Acusadas pelos postos de não repassarem as reduções de preços promovidas pela estatal no segundo semestre, Raízen (que opera com a marca Shell) e Ipiranga conseguiram ampliar o Ebitda (indicador da capacidade de geração de caixa) em mais de 10% no ano passado.
As duas empresas dividem com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, o controle sobre as vendas de combustíveis no país.
Nos últimos anos, têm aproveitado os preços mais altos da Petrobras para importar gasolina e diesel mais baratos no exterior.
Em 2016, 83,6% das importações de diesel no país foram feitas por empresas privadas. No caso da gasolina, 40,3%.
Em balanços divulgados nesta semana, os controladores de Raízen e Ipiranga comemoraram os bons resultados, mesmo em um ano de queda nas vendas.
A primeira fechou o ano com aumento de 12% na geração de caixa medida pelo Ebitda, para R$ 2,2 bilhões. A Ipiranga experimentou aumento semelhante, de 11%, para R$ 3,1 bilhões.
Entre os fatores que levaram ao bom desempenho, a Raízen aponta a estratégia de suprimento e comercialização, enquanto a Ipiranga cita oportunidades nos custos de combustíveis.
(Fonte: Folha de S.Paulo – 2/3)
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