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Dow vende destilaria em MG para a Geribá

29 de Setembro de 2020

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A americana Dow vendeu a destilaria Santa Vitória Açúcar e Álcool, localizada em Perdilândia, no Triângulo Mineiro, para a gestora brasileira Geribá Investimentos, conforme apurou o Valor. A informação foi confirmada pela multinacional. O acordo foi fechado e assinado no sábado, com efeito imediato. O valor da transação não foi revelado.

A planta foi construída pela Dow em 2015 para fazer parte de uma iniciativa da companhia no Brasil de produção de plásticos verdes. Para o investimento, a americana realizou uma parceria com a japonesa Mitsui, em 2011, na qual cada uma possuía 50% de participação.

A joint venture, porém, durou pouco, por causa de diferenças a respeito da gestão do negócio, segundo fonte próxima das conversas na época. Com isso, a Dow comprou a parte da Mitsui em 2015, por US$ 200 milhões. Segundo a Dow, as empresas decidiram desfazer o negócio “por razões estratégicas”.

A planta tem capacidade de moer 2,7 milhões de toneladas de cana por safra e só produz etanol. Inicialmente, o investimento foi realizado para que depois o produto fosse convertido em etileno, para apoiar a produção de bioplásticos da Dow em São Paulo, mas mudanças de mercado alteraram os planos.

Quando a destilaria foi projetada, o petróleo estava próximo dos US$ 100 o barril, o que abria espaço para as matérias-primas verdes. Mas logo depois o petróleo recuou daqueles níveis, e a Dow cancelou o investimento previsto na refinaria. A companhia manteve a operação de etanol, que não é seu foco.

Em nota, a Dow afirmou que a venda da destilaria foi motivada “pelo objetivo da companhia em manter um portfólio focado, mentalidade de proprietário e disciplina de alocação de capital que apoie o crescimento e a valorização de seus negócios-chave”.

Os 1,4 mil funcionários da usina e os 350 contratados indiretamente serão transferidos para a Geribá. A gestora é focada em construção civil, energia e negócios em “estresse”. Atualmente, seus sócios atuam na Dommo Energia, de óleo e gás.

 

Fonte:  Valor Econômico - 29/09

 

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