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Em discurso, Temer exalta Acordo de Paris e parceria entre Agricultura e Meio Ambiente

30 de Outubro de 2018

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Em discurso nesta segunda-feira (29), presidente Michel Temer exaltou o Acordo de Paris e disse que, pela primeira vez, em seu governo, houve a convergência entre os ministérios de Agricultura e de Meio Ambiente.

“Pela primeira vez, creio eu, não ouve brigas entre Agricultura e Meio Ambiente. Por conjugação de esforços”, afirmou o presidente, em um evento do setor agrícola, em São Paulo, um dia após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

Durante sua campanha, Bolsonaro defendeu a fusão entre as pastas de Agricultura e de Meio Ambiente e chegou a ameaçar tirar o Brasil do Acordo de Paris para o clima –embora, na reta final, tenha recuado.

No evento, que reuniu empresários do setor de açúcar e etanol, Temer exaltou o programa Renovabio, de incentivo a biocombustíveis, e afirmou que o programa está “inserido na ambiência da proteção ao meio ambiente”.

“O programa Renovabio é muito conectado ao Acordo de Paris. Eu fui um dos primeiros a depositar nas Nações Unidas nosso compromisso com o acordo”, afirmou.

O presidente voltou a afirmar que a transição começa a partir desta segunda.

Ele também defendeu que o próximo governo dê continuidade a pautas econômicas de sua gestão e destacou a importância de cumprir a Constituição.

“Vejo com alegria que vários setores do governo eleito dizem que várias coisas têm que continuar. Mais do que ninguém, nós tomos estamos cientes que para ter estabilidade social, política, pacificação nacional --e isso é fundamental--, é preciso cumprir a Constituição”, disse.

Temer elencou reformas tocadas durante sua estadia no Palácio do Planalto, como a regra do teto de gastos e a reforma trabalhista.

Em relação à reforma da Previdência, que dificilmente será aprovada ainda neste ano, o presidente afirmou que seu governo “plantou uma semente” ao colocar o tema na pauta política.

“A Previdência saiu da pauta legislativa, mas não da pauta política. Hoje o que mais se discute é: vamos fazer a reforma nesses dois meses, ou far-se-á no próximo governo? ”, afirmou.

Folha de São Paulo - 29/10/18

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