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Estoque de açúcar para consumo atinge menor nível desde 2010/11

02 de Junho de 2017

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A Organização Internacional do Açúcar (OIA) previu nesta quinta-feira (1), que, apesar da maior produção nos países exportadores, as vendas externas no mundo deverão diminuir para 59,247 milhões de toneladas na safra 2016/2017, que teve início em outubro do ano passado e se estenderá até setembro próximo. No ciclo anterior, a disponibilidade de exportações foi de 61,722 milhões de toneladas, de acordo com a entidade, que tem sede em Londres.

Em contrapartida, a OIA espera que a demanda total de importações do mundo seja reduzida para 58,903 milhões de toneladas, apesar da menor produção nos países importadores. "Um déficit estatístico maciço reduz ainda mais o índice de estoque para consumo em 2016/17 em significativos 4,57 pontos percentuais, para 47,56%", comparou a entidade, em relatório trimestral divulgado hoje. De acordo com a instituição, este é o nível mais baixo desde a safra 2010/11.

A Organização Internacional do Açúcar (OIA), que tem sede em Londres, divulgou ontem (1), projeção para o déficit global da commodity na safra 2016/2017 de 6,465 milhões de toneladas.

No relatório anterior, de fevereiro, a entidade havia reduzido a previsão de déficit de 6,133 milhões de toneladas em novembro para 5,869 milhões de toneladas para o ciclo que começou em outubro do ano passado e se encerrará em setembro deste ano.

Apesar de a estimativa atualizada hoje ter superado a marca do fim do ano passado, ainda está abaixo do que mostravam cálculos apresentados em agosto pela Organização, de déficit de 7,05 milhões de toneladas.

A expectativa da OIA é de que a produção global de açúcar em 2016/17 deverá ser ampliada em 0,3%, para 165,928 milhões de toneladas. A instituição ressaltou, no entanto, que o incremento é "muito pequeno" para atender o uso crescente de açúcar. O relatório destacou que o consumo global agora passa por elevação de 1,22%, de 172,393 milhões de toneladas.

Já para a 17/18,  estimativa para o mercado global da commodity, depois da expectativa de déficit do ciclo atual, a entidade acredita que haverá um superávit de cerca de 3 milhões de toneladas na safra seguinte. “Fornecemos nossas reflexões preliminares sobre os fundamentos do mercado em 2017/18”, escreveram os especialistas da organização, que tem sede em Londres, em relatório divulgado hoje.

Além de prever uma reversão do quadro da safra atual para a seguinte, a perspectiva da OIA é de que a oferta do produto continue acima da demanda também no ciclo seguinte. “Olhando para frente até 2018/19, se os produtores conseguirem manter a produção no nível projetado para 2017/18, a fase excedente pode continuar por mais uma temporada”, consideraram. Os especialistas acrescentaram que as previsões iniciais são baseadas em uma hipótese de condições climáticas normais em todos os produtores.

A OIA salientou no documento que, desde o início do ciclo 2016/17, em outubro do ano passado, tem sugerido que os fundamentos permanecem construtivos para os preços do mercado mundial durante a segunda temporada de um déficit estatístico significativo, com uma queda forte dos estoques globais. “Embora os preços tenham sofrido uma queda considerável, ainda são maiores do que nos primeiros quatro meses de 2016”, comparou a entidade.

 (Fonte: Agência Estado - 01/06/17)

 

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