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Etanol hidratado tem a maior participação histórica em julho nas vendas de combustíveis em MG

03 de Setembro de 2018

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As vendas de etanol hidratado no mês de julho bateram recorde em Minas Gerais totalizando 219,444 milhões de litros. Até então, o recorde havia sido alcançado em outubro de 2015 quando houve um consumo de 205 milhões de litros de hidratado, de acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O crescimento comparado com julho do ano passado foi de 102%, quando Minas teve um consumo de 109,252 milhões de litros. Na comparação com junho o crescimento foi de 12,9%, já que o consumo nesse mês foi de 194,280 milhões de litros.

No acumulado do ano, o crescimento da demanda de etanol em MG já atinge 88%, com um consumo de 1,19 bilhão de litros contra 633 milhões nos sete primeiros meses de 2017.

Em julho a participação do hidratado no ciclo Otto em MG atingiu 35%, a maior participação da história, o recorde anterior havia sido 30%. Para agosto é esperado participação semelhante ou até maior, em função de uma paridade ainda mais favorável para o etanol em MG. Na segunda quinzena de agosto a relação de preços nos postos do estado (etanol x gasolina) atingiu menor valor na história, alcançando 59%.

Brasil

Já para o país, os dados da ANP indicam uma forte redução na demanda brasileira de combustíveis do ciclo Otto (gasolina C e etanol hidratado) em julho. Foram 4,08 bilhões de litros consumidos, uma queda de 8,32% sobre o mesmo mês de 2017 e de 2,69% em relação a junho de 2018.

Esse é o menor volume para o mês dentre os últimos seis anos. Repercute, principalmente, a retração nas vendas de gasolina. Em julho, o Brasil consumiu 2,99 bilhões de litros do combustível, contra 3,15 bilhões de litros no mês anterior.

Em contrapartida, as vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras cresceram consideravelmente. Somaram 1,55 bilhão de litros, a maior demanda mensal registrada em 2018 - crescimento de 4,12% sobre junho deste ano.

Como reflexo, a participação do etanol hidratado no consumo de combustíveis do ciclo Otto aumentou para 26,66%. A série histórica indica que este percentual é o maior já observado desde outubro de 2010 (27,50%). Avaliando os principais estados consumidores do biocombustível, o destaque coube à São Paulo, onde a participação atingiu quase 50%: dos 1,17 bilhão de litros comercializados, 779,12 milhões de litros foram do biocombustível hidratado e 623,49 milhões de litros de gasolina C (já incorporando o diferencial de rendimento entre ambos os produtos).

Estes números refletem a competitividade superior do hidratado frente à gasolina em praticamente todo o País. De acordo com a ANP, a paridade média de preços entre estes combustíveis atingiu 62% em julho, índice muito abaixo da relação técnica que varia entre 70% e 75,4%.

Testes urbanos e rodoviários conduzidos em 2017 pelo Instituto Mauá demonstram que o desempenho médio do biocombustível em 20 veículos de diversas categorias (Popular 1.0, Sedan Médio, SUV, Popular 1.6) variou de 70,7% e 75,4%, ou seja, um resultado superior aos valores de referência encontrados para os mesmos modelos no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV); 66,7% e 72,1%, respectivamente.

Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG / UnicaSP – 03/09

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