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Etanol já evitou a emissão de 408,4 milhões de toneladas de CO desde 2003

26 de Junho de 2017

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Enquanto o mundo busca soluções que reduzam o uso de combustíveis fósseis no setor de transportes, o Brasil, com o etanol, trilha um importante caminho rumo à mobilidade veicular mais sustentável, especialmente nos últimos 14 anos, após a chegada dos carros flex ao País. Segundo o “Carbonômetro”, ferramenta criada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica-SP), entre março de 2003 e abril de 2017, o uso do biocombustível produzido da cana, seja o hidratado (obtido diretamente nas bombas) ou o anidro (misturado em até 27% à gasolina comum), evitou que 408.410.927 de toneladas de CO2 fossem despejadas na atmosfera.

O consultor em Emissões e Tecnologia da UNICA, Alfred Szwarc, destaca que a marca é expressiva e pode ser comparada às emissões de grandes nações europeias ou até mesmo ao que seria mitigado por meio do plantio e manutenção de quase 3 bilhões de árvores ao longo de 20 anos.

“Em termos de ordem de grandeza, este volume apontado pelo ‘Carbonômetro’ equivale à soma das emissões de Portugal (51 milhões/t.), Áustria (66,7 milhões/t.), Bélgica (139,1 milhões/t.), Hungria (51,1 milhões/t.), Suécia (55 milhões/t.), Irlanda (35 milhões/t.) e Eslovênia (16 milhões/t.) em 2012. Pode-se dizer também que a quantidade de CO2 evitada pelos carros flex no Brasil seria suficiente para mitigar, por oito anos seguidos, o que foi emitido por Portugal. Isso dá uma dimensão do potencial do etanol para a ‘descarbonização’ do transporte”, explica o executivo. Os números citados pelo especialista da Unica-SP tem como fontes o Oak Ridge National Laboratory e a US Energy Information Agency, dos EUA.

A correspondência entre a emissão de CO2 evitada pelo uso do etanol em veículos flex e aquela que seria obtida pelo plantio de quase 3 bilhões de árvores nativas é estabelecida por meio de uma metodologia de cálculo usada pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica; são necessárias 7,14 árvores para absorver uma tonelada de carbono. No acumulado das mais de 408 milhões de toneladas de CO2 evitadas desde 2003, o uso do biocombustível sucroenergético pela frota flex proporcionou uma redução de aproximadamente 142.650 mil/t. do poluente por dia, algo em torno de 99 toneladas por minuto.

Ethanol Summit 2017

A trajetória dos carros flex e a sua importância para a expansão do uso do etanol no Brasil será um dos temas do Ethanol Summit 2017, realizado hoje (26) e amanhã (27) deste mês, no WTC, em São Paulo (SP). No segundo dia do evento, um dos maiores do mundo dentro do segmento de energias renováveis, haverá, no palco nº 1, o painel “Biocombustíveis e a Evolução da Indústria Automobilística”, com as seguintes presenças de diversos experts da indústria automotiva.

(Fonte: Unica-SP – 23/06/17)

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