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Etanol pode virar commodity

03 de Fevereiro de 2020

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Outra oportunidade para o Brasil seria a própria exportação do etanol excedente para a Índia. “Representantes da indústria brasileira, com o apoio do governo brasileiro, manifestaram interesse em transformar o etanol em commodity internacional”, disse Alexandre Alonso.

A Índia possui atualmente uma capacidade instalada para a produção de 4 bilhões de litros de etanol por ano, muito aquém da demanda interna, que varia de 8 a 15 bilhões de litros, diz Alonso. O Brasil é atualmente o maior produtor de etanol no mundo e o maior usando cana-de-açúcar como matéria-prima, o que favorece a cooperação nesse âmbito.

O acordo de cooperação deverá ser feito com o Serviço de Pesquisa Agrícola da Índia (ICAR), instituto com o qual a Embrapa assinou um Memorando de Entendimento em 2016. A pedido da ministra Tereza Cristina, Alonso integrará o grupo de trabalho a ser formado entre Embrapa e ICAR para elaborar o plano de cooperação e será o ponto focal para as discussões iniciais com o Instituto Nacional do Açúcar. Do lado brasileiro, há interesse no germoplasma de cana-de-açúcar indiano, considerado altamente produtivo. 

Brasil apresentou política do Renovabio

A política nacional de biocombustíveis – Renovabio – foi apresentada ao governo indiano como um modelo de política pública energética e ambiental.  Com metas definidas até 2029, o Renovabio busca diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa ao mesmo tempo que aumenta a eficiência energética dos biocombustíveis. 

Alonso observa que a Índia já possui uma política nacional de biocombustíveis bem elaborada, mas pouco implementada. Aliado a isso, o país asiático teve uma grande produção de açúcar no último ano, o que ocasionou a queda no preço da commodity.

A abertura do mercado asiático para as exportações brasileiras inclui, além do etanol, o gergelim e sementes de milho. Na área de produção animal, haverá cooperação em sanidade animal envolvendo pecuária e pesca, capacitação técnica em pesquisas e intercâmbio de material genético. Em 2016, a Embrapa já havia firmado dois memorandos de entendimento para a capacitação de técnicos indianos em fertilização in vitro. 

 

Fonte: Embrapa Agroenergia – 31-01

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