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Etanol volta a ser mais vantajoso para abastecer o carro em muitos estados

20 de Agosto de 2018

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Esta safra boa de cana e as mudanças no preço do açúcar no mercado internacional já são visíveis nos postos de combustíveis. Em muitos estados, voltou a ser mais vantajoso abastecer o carro com etanol do que com gasolina.

O processamento de cana nas usinas do país, nesta safra, está bem diferente das anteriores.

"No Brasil, as usinas têm flexibilidade de produção, ou seja, elas podem produzir etanol ou açúcar de acordo com a conveniência de cada mercado. O açúcar apresentou uma queda de 20%, aproximadamente, do seu valor do início de 2018 para cá, isso fez com que as usinas virassem a chave e fossem produzir etanol que estava interessante no mercado", explicou Maikel Jacob, economista da USP.

A produção de etanol está batendo recorde nas usinas.

"Hoje, 62% de toda a oferta da cana será direcionada a produção de etanol, e apenas 38% será direcionada a produção de açúcar", explica Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Única.

Na segunda quinzena de julho, o volume produzido atingiu 1,5 bilhão de litros, quase 35% superior ao registrado no mesmo período de 2017.

Com tanta oferta de álcool no mercado, os reflexos foram sentidos na bomba. O preço do etanol está mais baixo na maioria dos estados brasileiros. Em pelo menos seis deles, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a competitividade com a gasolina é a melhor da década.

Na capital paulista e em algumas cidades do interior, a relação de preços entre álcool e gasolina está abaixo dos 60%. Segundo os engenheiros, em média, o etanol é vantajoso quando custa até 70% do valor da gasolina.

"Tem que aproveitar os valores. Normalmente, quando dá uma disparada assim, a gente sempre completa, sempre de meio tanque para cima", diz o fotógrafo Atílio Neves.

Em São José do Rio Preto, por exemplo, o litro do etanol está custando menos de R$ 1,90. Há um mês estava quase R$ 3.

"Estava muito caro o álcool, não estava com um preço que eu acho justo para que nós possamos pagar", afirmou a empresária Luciana Amorim.

Veja a reportagem aqui.

Fonte: Jornal Nacional - 17/08/18

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