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Ethanol Summit - Lideranças comentam debates do evento

27 de Junho de 2017

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O Ethanol Summit, promovido pela Unica-SP debateu ontem (26) vários assuntos importantes sobre os setor sucroenergético nacional, com destaque para o RenovaBio que prevê a expansão dos biocombustíveis nos próximos anos. Abaixo, as impressões de várias lideranças do setor sobre o debate.

Mário Campos - Presidente da SIAMIG

"O RenovaBio traz uma pauta de promoção das energias renováveis no país, com um cenário muito positivo, que beneficia a sociedade e o setor.

Os debates mostraram que o programa possibilita a descabornização da matriz energética brasileira, especificamente a matriz de transporte consorciada com a aumento de eficiência da produção de biocombustíveis e a retirada dos gases do efeito estufa.

Institucionalmente, ele não é somente importante para o setor mas para o pais!

Além disso o setor passa por um problema de curto prazo que é a questão da importação de etanol  e esse assunto tem também que estar na pauta do governo e a defesa é a implementação do imposto de 17% para a importação".

José luiz Balardin – Diretor da Usina Santo Ângelo

“O RenovaBio é o caminho certo para o setor e temos que lutar por ele. Porém, devido aos problemas políticos pode demorar um pouco a ser implementado.

Já a importação de etanol que foi falada nos debates é nociva para nosso setor mas brigar com os EUA também não  é bom, então eu sugiri ao ministro (Fernando Coelho) que se colocasse uma taxa para os importadores, pois o etanol de milho é diferente do de cana, que é mais ambiental!

Não se pode concorrer com produtos diferentes em condições iguais de mercado e quem está trazendo esde produto de fora tem que ser taxado”.

Plínio Nastari - presidente da Datagro

“Os depoimentos do ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho em defesa do RenovaBio, foram extremamente importantes, indicando que muito em breve o presidente da República deverá definir a forma de encaminhamento da medida legislativa que será enviada ao congresso.

Ainda não está bem claro se será na forma de lei ou Medida Provisória, mas o Ministro sinaliza que o RenovaBio deve ter uma implementação célere.

A instabilidade política existe, mas a revitalização do setor de biocombustíveis através do RenovaBio tem várias dimensões positivas.

Ele é a forma do Brasil reiterar seu apoio aos compromissos criados no Acordo do Clima; de rapidamente revitalizar um setor que é grande gerador de emprego e renda no interior e é uma estratégia, que, se for adequadamente explicada,   pode dar muito suporte ao governo atual.

É um programa que integra a política agroindustrial e agorenergética, que é a grande força do Brasil. São medidas que certamente vão estar encaminhando uma agenda positiva para o governo.”

André Rocha - Presidente do Forum Nacional Sucroenérgetico

“É importante o setor promover debates para esclarecer a sociedade, pois vimos aqui alguns formadores de opinião, que conhecem pouco sobre nossas necessidades.

Por sorte, nós temos pessoas que puderam fazer o contraponto, além do mediador, Willian Wack, que já conhecer o setor.

Acredito que o RenovaBio saia atraves da medida provisória, que é agora nossa luta junto a Casa Civil".

Pedro Mizutani – Presidente do Conselho da Unica-SP

"O Ethanol Summit possibilita esclacer para todos as demandas do setor e mostrou a importância do RenovaBio, com o comprometimento do ministro Fernando Coelho.

Isso é um avanço porque mostra que o setor está unido para que se possa implementar uma agenda positiva para o etanol e fazendo parte da matriz energética, é o que importa pra nós.

A instabilidade política pode atrasar um pouco, mas não é impeditivo para que as leis e projetos saiam e favorecem o país como um todo.

O RenovaBio é importante não só para a expansão do setor mas também para sua manutenção, porque se não introduzir o etanol na matriz energética, teremos mais gasolina importada, mais poluição, menos empregos, esse é o ponto diferencial do RenovaBio.

Temos que ter a parte ambiental do etanol reconhecida no preço ou na externalidade positiva que a setor tem que poderia ser através da CIDE na gasolina, taxando o combustível fóssil e dando maior competitividade ao limpo e renovável.

Mas acho que não se tem uma só solução, pode ter a CIDE ou um imposto de importação de gasolina".

Antonio Salibe – Presidente Executivo da UDOP

“Achei o debate bastante interessante, o ministro (Fernando Coelho) conhece o setor, está interessado no país como um todo e no futuro dos combustíveis do país.

Ele sabe que, se não for aprovado o projeto (RenovaBio) que aumenta a produção dos combustíveis líquidos no país, podemos ter falta deles, uma vez que não sei se nossos portos estão preparados para receber todo esse combustível importado que será necessário nos próximos dez anos.

Então é um ministro que conhece o assunto, é engajado e tem tudo para ajudar o país.”

(Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG – 27/06/17)

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