09 de Julho de 2019
Notícias
O presidente da Datagro, Plínio Nastari, participou de uma reunião com a SIAMIG, ontem à tarde, em Uberaba, quando concedeu entrevista ao Portal SIAMIG, sobre os possíveis impactos da geada no canavial e a safra de cana-de-açúcar de modo geral.
Boletim SIAMIG – O senhor já poderia falar sobre o impacto da geada do final de semana, que atingiu as lavouras de cana em algumas regiões produtoras do país, como Minas Gerais?
Plínio Natari (Datagro) - Estamos recém saindo do episódio de geada, a identificação do impacto na cana ainda não está quantificada, poderemos ter uma visão melhor disso daqui a um ou dois dias. Talvez essa onda de frio possa acarretar um amadurecimento maior do canavial, não sabemos ainda se houve morte de gema apical, se a cana que tinha brotado, a cana plantada, foi danificada e aí teria que começar tudo de novo, precisamos aguardar os levantamentos.
Boletim SIAMIG – Isso pode impactar a safra como um todo?
Plínio Nastari - De regra geral, a safra começou atrasada, porém, comparado com o ano passado, este período foi parcialmente compensado no final de maio, porque no ano passado tivemos cinco dias e meio de interrupções em função da greve dos caminhoneiros. Além do tempo seco nesses últimos 25 dias, que contribuiu para diminuir o gap de moagem. No entanto, estamos verificando um menor rendimento industrial que está pesando, mas é uma safra que está com uma oferta de ATR (açúcar recuperável) ligeiramente maior do que o ano passado, compensada pelo maior volume de cana. Devido às chuvas deste ano mais bem distribuídas, o rendimento da cana não está tão elevado, diferente do ano passado, quando o ATR foi alto, por causa do período mais seco, favorecendo uma concentração maior de sacarose.
Boletim SIAMIG – E a produção...
Plínio Nastari – Estamos prevendo uma produção recorde de etanol e um consumo acelerado durante todo o ano. Mesmo com a queda da gasolina na refinaria, a competitividade do etanol tem se mantido elevada nas bombas, já que as distribuidoras não estão repassando as reduções da gasolina para o consumidor. Já o consumo de etanol está entre 38% e 42% maior que o ano passado e, para maior equilíbrio do mercado, o preço do etanol deverá subir na produção.
Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG – 9/7
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