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Exclusiva - Uso de biológicos na cana resultam em maior produtividade na Santo Ângelo

19 de Novembro de 2019

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Melhores resultados na produtividade com redução de custo, sem agredir ao meio ambiente, é o caminho que tem buscado a Usina Santo Ângelo (USA), localizada em Pirajuba (Triângulo Mineiro) com o incremento da utilização dos produtos biológicos na lavoura de cana. As pesquisas neste sentido vêm sendo desenvolvidas com o laboratório da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) de Jaboticabal (SP).

De acordo com a pesquisadora, Fernanda Cristina Nascimento, as pesquisas para a empresa, no momento, envolvem a utilização de bactérias promotoras do crescimento, permitindo que a planta capte com maior facilidade os nutrientes do solo, reduzindo a aplicação de nitrogênio e fósforo.

Fernanda Nascimento explica que as bactérias possibilitam uma absorção maior dos minerais no solo pela planta, otimizando assim o uso de adubos e diminuindo as perdas pela volatização ou lixiviação, além de mineralizar vários compostos que estão presos no solo, tornando-os solúveis. “O solo pode fornecer tudo que a planta precisa e é nesse sentido que os biológicos agem, retirando os minerais da terra para seu crescimento, possibilitando assim uma redução da adubação química”, destaca.

Mas a utilização de biológicos não é um processo padronizado, explica a pesquisadora. Tudo depende de cada solo. Por isso, o primeiro passo foi fazer uma análise criteriosa das áreas de plantio da Santo Ângelo, a fim de verificar qual escopo de pesquisa seria seguido. Depois, num trabalho de inovação, foi verificado o melhor uso da inoculação das bactérias na planta, com o objetivo de aumentar a produtividade e dar maior resistência às pragas e doenças, afirma.

Os resultados têm se mostrado muito promissores. Após um ano e meio de pesquisa alguns experimentos foram muito satisfatórios. Na parcela de solo onde se utilizou somente adubação química 600 kg/ha (19-09-19), a concentração de fósforo (mg.dm3) foi de 11,7, quando se utilizou somente composto orgânico e a vinhaça subiu para 23,7, já a parcela onde se utilizou o composto, vinhaça e o biológico o valor obtido de fósforo foi de 64,7, ou seja,  5,5 vezes maior na comparação com a adubação mineral convencional.

O aumento dos teores de outros minerais, além da melhoria dos aspectos do terreno também foram influenciados pelo incremento das bactérias no solo. “É uma tecnologia que vem ao encontro de uma produção cada vez mais sustentável”, diz a pesquisadora.

Fonte: Gerência Comunicação SIAMIG – 19/11

 

 Experimentos no campo.

Experimentos no campo.

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