10 de Julho de 2017
Notícias
O novo ciclo de planejamento energético de médio prazo do governo federal prevê investimentos de R$ 379 bilhões na expansão da oferta de eletricidade no país até 2026, sendo R$ 242 bilhões na área de geração e R$ 137 bilhões em transmissão.
Os montantes sintetizam o Plano Decenal de Expansão de Energia 2026, divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Ministério de Minas e Energia. O valor total é praticamente o mesmo que o apresentado na edição anterior do PDE, com horizonte final em 2024 e divulgado em setembro de 2015, quando eram previstos R$ 376 bilhões para a oferta de energia elétrica.
A expansão da capacidade instalada de geração elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) prevista para o horizonte decenal é de 64.130 MW, fazendo com que o parque gerador brasileiro totalize a 212.522 MW em 2026. Mais da metade do acréscimo de geração no período virá das fontes renováveis não hídricas: pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, eólica e solar.
Juntas, as quatro fontes terão um incremento de 34.476 MW nos próximos dez anos. O parque eólico no país deverá atingir 28.470 MW em 2026, enquanto a solar - que somava apenas 21 MW em 2016 - saltará para 9.660 MW em dez anos.
A incorporação de potência hidrelétrica no sistema ficará em 13.768 MW, com o parque gerador atingindo os 110.466 MW de capacidade em 2026. O cenário de referência do PDE prevê a viabilização de nove grandes projetos hidrelétricos no período: Telêmaco Borba (118 MW), em 2023; Tabajara (350 MW), em 2024; Apertados (139 MW), Ercilândia (87 MW) e Foz do Piquiri (93 MW), as três em 2025; e Castanheira (140 MW), Porto Galeano (81 MW), Bem Querer (709 MW) e Itapiranga (725 MW), todas previstas para o ano de 2026. Há ainda a possibilidade de entrada da usina São Miguel (58 MW), em 2025.
O parque termelétrico previsto para o fim do horizonte decenal soma 26.634 MW. A maior expansão será da geração a gás natural no país, que entre 2016 e 2026 chegará a 4.807 MW. Esse acréscimo atenderá à base do sistema, conforme adiantou na última quinta-feira (6) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Luiz Augusto Barroso.
Uma novidade no PDE é a alternativa indicativa de atendimento à ponta, que pode contemplar termelétricas ciclo aberto, usinas reversíveis, motorização adicional de hidrelétricas, baterias ou gerenciamento da demanda. Em 2026 a previsão é de 12.198 MW para ponta.
No segmento de transmissão de energia elétrica, o Plano Decenal calcula um acréscimo de 61.883 km em linhas de transmissão, com o país totalizando uma malha de 196.839 km de extensão. A rede de 800 kV de tensão, inexistente no país até 2016, somará 12.078 km até o final do horizonte. Os investimentos projetados na expansão da malha somam R$ 77,5 bilhões, sendo 65% deles concentrados no aumento da rede em 500 kV. Em termos de capacidade de transformação do sistema, o acréscimo projetado pela EPE é de 199,2 GVA em novas subestações, o que exigiria R$ 41,3 bilhões em recursos.
Para os setores de petróleo e de gás natural, o PDE projeta uma fatia de R$ 985 bilhões em investimentos, ou 70% dos quase R$ 1,4 trilhão de todas as necessidades de recursos do setor energético nos próximos dez anos no país.
Quase a totalidade será direcionada às atividades de exploração e produção de óleo e gás, demandando R$ 945 bilhões. A oferta de derivados de petróleo tem investimentos previstos de R$ 23 bilhões, enquanto a oferta de gás natural terá R$ 17 bilhões em recursos. Na parte de biocombustíveis líquidos, R$ 33 bilhões serão alocados na produção e no transporte de etanol e biodiesel.
(Fonte: CanalEnergia - 07/07/17)
Veja também
25 de Abril de 2024
Colheita de cana deve cair em 2024/25, mas produção de açúcar vai aumentar, diz ConabNotícias
25 de Abril de 2024
Entenda como o Projeto de Lei "Combustível do Futuro", sob relatoria de um paraibano, fortalece o setor de etanolNotícias
25 de Abril de 2024
Deputados goianos aprovam projeto de benefícios fiscais para biocombustíveisNotícias
25 de Abril de 2024
Mobilidade verde contribui para descarbonizar portfólio do setor financeiroNotícias