23 de Outubro de 2017
Notícias
Os bons resultados obtidos na adoção do sistema de plantio de muda pré-brotada (MPB) de cana para a implantação de áreas em viveiros e replantio de áreas comerciais, têm chamado a atenção do setor. O MPB é proveniente de cultivares tratados termicamente ou oriundos de cultura de meristema, gerando mudas sadias o que levará a formação de canaviais de alta qualidade e vigor.
O MPB é um sistema de multiplicação que contribui para a produção rápida de mudas, associado ao elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio. Além disso, esse sistema é uma tecnologia de multiplicação, que proporciona redução de custos, melhor ganho para o produtor, melhor fitossanidade das plantas e maior uniformidade no plantio.
O sistema é cada vez mais aperfeiçoado, apresentando melhores resultados. Como acontece quando o MPB é associado àMeiosi (Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente) - onde a cana resultante do plantio de 1 ou duas linhas com MPB é tombada nas linhas de culturas intercalares, como amendoim e soja – a desdobra tem encantando o setor, pois já há quem alcance taxa de multiplicação de 1 linha para mais de 40 linhas.
Ao tombar os toletes provenientes dessa cana sadia em um solo bem-tratado, que conta com os efeitos agronômicos das culturas intercalares, o resultado será um canavial de alta produtividade por muito mais tempo.
Cada vez mais aumenta o interesse por parte do setor pela adoção do MPB, porém, muitos reclamam que é alto o preço das mudas. Leonardo Pereira, gerente de marketing da Syngenta, que disponibiliza o Plene PB, diz que o valor poderia ser menor se o setor se planejasse para a aquisição das mudas, pois a falta de planejamento leva ao descarte do material que não foi comercializado.
“As mudam têm prazo de validade, se não forem comercializadas dentro desse prazo, serão descartadas, isso aumenta o custo.
Mas se os clientes realizarem os pedidos com antecedência, solicitando as variedades certas e a quantidade que precisam, nossa produção será direcionada para a demanda, não ficaremos produzindo mudas baseados na tendência do mercado, mas sim, a variedade pedida pelo cliente.”
Imediatismo não é a forma correta de obter sucesso com a adoção do sistema do MPB. Nilton Degaspari, gerente de desenvolvimento de mercado da BASF, empresa que oferece ao mercado o sistema AgMusa™ de muda de cana sadia, salienta que é necessário planejamento.
O certo é o produtor ou a usina solicitar à empresa mudas pré-brotadas das variedades de cana que apresentam melhor adaptabilidade e desempenho em sua região. Aquelas que fazem parte de seu plantel varietal, que já foram testadas e aprovadas.
“O cliente não deve adquirir as variedades que estão disponíveis, mas solicitar que preparemos a AgMusa™ com as variedades que melhor vão atende-lo”, diz Degaspari.
Para a entrega dos pedidos personalizados, a BASF precisa de tempo, por exemplo, as solicitações realizadas, por exemplo, em setembro, as entregas de AgMusa™ serão para junho/julho de 2018. O ciclo total de produção da AgMusa™ leva de 22 a 24 meses, só para a produção da gema serão necessários de 6 a 8 meses, depois disso, ainda serão preciso mais quatro meses para produzir a AgMusa™.
Brasilino Garcia, responsável pela comercialização do sistema AgMusa™ de muda de cana sadia da BASF, salienta que o mais correto é que esse planejamento comece a ser elaborado 1 ano antes do plantio, ou pelo menos, no mínimo 120 dias antes.
(Fonte: CanaOnline – 23/10/17)
Veja também
24 de Abril de 2024
Evento do MBCB destaca potencial da descarbonização da matriz energética brasileiraNotícias
24 de Abril de 2024
WD Agroindustrial promove intercâmbio cultural em aldeia indígena para celebrar o dia dos povos origináriosNotícias
24 de Abril de 2024
Raízen encerra safra 2023/24 com moagem recorde de 84,2 milhões de toneladasNotícias