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FAO confirma tendências de alta dos cereais e de queda do açúcar

10 de Setembro de 2018

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Embora tenha permanecido praticamente estável em agosto, o índice de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, confirmou a tendência de alta dos cereais e de baixa das cotações do açúcar no mercado internacional.

Resultado das oscilações observadas em cinco grupos de produtos, o indicador encerrou o mês passado em 167,6 pontos, 0,4 ponto acima do resultado de julho. Manteve-se, assim, no mais baixo patamar do ano, inferior à média de 2017 (174,6 pontos).

A pequena alta foi sustentada pela valorização dos cereais. Puxado pelo trigo, que acusou os reflexos das quebras de safra na Rússia e na União Europeia e dobrou de preço, o grupo fechou agosto a 168,4 pontos, 4% acima de julho e resultado 11,1% acima da média do ano passado (151,6 pontos).

Também as carnes registram aumento médio de preços, mas modesto. O indicador que mede as variações no grupo encerrou agosto em 166,3 pontos, 0,8 ponto acima de julho mas ainda abaixo da média de 2017 (170,1 pontos). As carnes suína e ovina foram as responsáveis pela alta.

Com a proliferação de casos de febre suína africana na China, a tendência de incremento das importações de carne suína pelo país asiático ofereceu suporte aos preços — na bolsa de Chicago, a curva ascendente continuou a dar o tom esta semana.

Entre os grupos de produtos que registraram quedas, a maior foi a do açúcar, que, mesmo com a queda da produção no Brasil segue pressionado pelo aumento da oferta na Tailândia e na Índia. O indicador do grupo caiu para 157,3 pontos em agosto, em baixas de 5,4% em relação a julho e de 30,8% na comparação com a média do ano passado (227,3 pontos).

Grupo que abriga a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, os óleos vegetais fecharam agosto em queda de 2,6% sobre julho, a 138,2 pontos. Por causa de novas baixas de soja, palma e girassol, a retração em relação à média de 2017 (168,8 pontos) aumentou para 18,1%.

O índice da FAO para os produtos lácteos, finalmente, recuou 1,5% sobre julho e fechou agosto a 196,2 pontos, pouco abaixo da média do ano passado (200,2 pontos).  Foi a terceira queda consecutiva, em meio a volumes sazonais relativamente baixos.

“Embora as secas possam afetar adversamente o crescimento da produção de leite em partes da Europa e da Austrália, as perspectivas de produção da Nova Zelândia estão melhorando”, informou a FAO em comunicado.

Fonte: Valor Econômico - 06/09/2018

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