10 de Maio de 2017
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A safra 2017/18 de açúcar deverá se configurar como a terceira temporada consecutiva de déficit mundial, em 271 mil toneladas, de acordo com cálculos da consultoria INTL FCStone. A primeira estimativa do grupo apontava 462 mil toneladas. Tanto a demanda quanto a oferta devem crescer em relação ao ciclo 2016-17, resultando em estoques globais mais baixos, em 63,8 milhões de toneladas no final da safra 2017/18, o menor nível desde 2011/12.
Quanto à demanda global, a consultoria projeta crescimento de 1,1% na safra 2017/18, alcançando 185,6 milhões de toneladas. A retomada do crescimento industrial na China vem puxando as economias da maior parte dos países em desenvolvimento, beneficiando assim a procura global pelo adoçante.
Esse cenário também incorpora a maior produção esperada para a safra 2017/18 na Índia, que deve levar à redução nos preços domésticos do produto e, consequentemente, à recuperação na demanda do maior país consumidor. Já no Brasil, a melhora no panorama econômico deve beneficiar a procura pelo adoçante.
Pelo lado da oferta, boa perspectiva para as safras do Hemisfério Norte e Centro-Sul brasileiro indicam crescimento na produção de açúcar, que deve atingir 183,6 milhões de toneladas, em termos globais, 5,6% acima do estimado para o 2016/17. Grande parte da alta na produção deve vir da safra tailandesa e chinesa, com perspectivas de produzir 11,3 milhões de toneladas de açúcar (alta de 10,7% no comparativo anual) e 10,5 milhões de toneladas (alta de 9% no comparativo anual), respectivamente.
O relatório da INTL FCStone ainda destaca produção da Índia, com projeção de 20% de crescimento em relação ao ciclo 2016/17, alcançando 24 milhões de toneladas de açúcar branco graças ao aumento na área plantada e às expectativas mais otimistas em relação à produtividade agrícola.
Depois da Índia, a União Europeia é a que apresenta a maior variação positiva no comparativo com o ciclo 2016/17 dentre os demais players do mercado. Após anos de restrição ao potencial produtivo do bloco devido ao sistema de cotas de produção e exportação, a partir de 01 de outubro deste ano o mecanismo será encerrado, levando à liberação da produção e exportação do adoçante.
Para aumentar suas vendas, os produtores de açúcar já esperam uma expansão em 22% da área plantada de beterraba, concentrada nos principais produtores do adoçante dentro da União Europeia, como Alemanha, Países Baixos e França. Este fato, aliado às expectativas de clima dentro da normalidade, faz com que a INTL FCStone projete a produção em 18,24 milhões de toneladas em valor branco, alta de 16,6% em relação ao ciclo 2016/17.
Para o Centro-Sul brasileiro, principal produtor global de açúcar, espera-se que a safra-mundo 2017/18 seja mais açucareira, em vista dos investimentos na expansão da capacidade de produção do adoçante das usinas. Com isso, a consultoria prevê incremento de 1,8% na produção de açúcar no comparativo anual, para 35,5 milhões de toneladas.
(Fonte: INTL FCStone – 09/05/17)
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