21 de Setembro de 2017
Notícias
No início da segunda quinzena de setembro, a Fundação Getúlio Vargas lançou a revista BioCombustíveis, Cadernos FGV Energias (ano 4, no. 8 – agosto de 2017), trabalho feito a partir dos delineamentos do COP 21, aprovação do Acordo de Paris, no ano de 2015, com objetivo de manter o aquecimento global abaixo de 2 graus centígrados, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
No encontro da FGV, as palestras dos profissionais dos setores de biocombustíveis e energéticos, houve ênfase para o programa de governo lançado em 2017, o RenovaBio, foco editorial da revista, que busca alternativas já trabalhadas no país como o etanol, biodiesel, novos biocombustíveis, que apontam um Brasil maior e mais eficiente cientificamente neste segmento, aliando-se seu território continental e mal aproveitado.
“O Brasil é o único no mundo que possui ocupação de meia cabeça de gado por hectare”, identificou Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, diretor do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), comparando o espaço que pode ser utilizado para biomas produtores de energia e outros produtos para consumo.
Houve muita exposição sobre o aproveitamento do etanol, que como se propaga, a mistura álcool e gasolina não ocorre agora, mas desde a década de 30, ação política do então presidente Getúlio Vargas, e sobre outros produtos do programa RenovaBio: biogás, etanol, biomassa e uma enorme possibilidade de a evidente diminuição de CO2 no Brasil tornar-se papel importante na Ibovespa, o CBio, que é iguala 1tCO2 eq.
Elisabeth Farina, diretora presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica-SP) afirma em seu estudo que o ProÁlcool, copiado por vários países, “entre 1975 a 1985, o programa era líder e exemplar, e dava lucro de até 200%”, disse durante sua palestra.
A presença do Secretário de Minas e Energia, Márcio Félix, representando o governo deu conotação de maior importância ao evento sugerindo que o caminho para o desenvolvimento e crescimento do país, mais o cumprimento do Acordo de Paris, dá ao Brasil a oportunidade de ser o mais competitivo no segmento energias, por conta de suas características e profissionais a cientistas.
“O Ministério de Minas e Energia vem buscando aproximar-se dos players do setor, e o MME está aberto a ouvir, compreender e dar vazão aos estudos e projetos que avancem e consolidem o Brasil nesta matéria”, disse Márcio Félix confirmando que o RenovaBio é um programa que dará o suporte energético até para exportação, como alternativa viável à estrutura da indústria do petróleo com o advento do pré-sal.
O evento teve a marca do competente moderador e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que hoje é coordenador da FGV EESP (Escola de Economia do Estado de São Paulo), que enalteceu a agricultura como porto essencial para o crescimento do Brasil e mola de geração de empregos e negócios.
A mesa teve a presença importante do Dr. Donizete Tokarski, Chief Executive Officer da UbraBio, que compartilhou de todas as ideias compiladas no lançamento desta revista da Fundação, confirmando que o Biocombustível, o biodiesel, são os produtos que devem ter atenção da Comunicação para a conscientização do povo brasileiro.
Donizete é da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (aviação) e um entusiasta do uso do Bio20, que vem a ser o uso de 20% de biodiesel em frotas de transporte público.
“A frota de Maricá, hoje, conta com 30 ônibus para fornecer o transporte público gratuito à população, e deve aumentar para 38 veículos. Com o uso do B20 nesses ônibus, a UbraBio estuda, em conjunto com a Prefeitura, adoção de combustível renovável nos demais veículos do Município”.
A revista BioCombustíveis está disponibilizada no site da FGV que você pode acessar clicando AQUI.
http://fgvenergia.fgv.br/publicacoes/cadernos-fgv-energia
(Fonte: Panorama Offshore - 20/09/17)
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