21 de Dezembro de 2020
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A Fórmula 1 continua sua busca por um esporte mais sustentável, agredindo menos o meio ambiente ao neutralizar as emissões de CO2. A categoria confirmou na quinta (17), mais um passo desse trajeto: a adoção de um combustível sustentável a partir de 2021.
A F1 já vinha afirmando nos últimos anos um compromisso por um esporte mais sustentável, unindo-se a uma proposta da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) com o objetivo de zerar suas emissões de carbono até o final da década. As primeiras mudanças serão vistas já a partir da próxima temporada.
A mudança foi aprovada na reunião da Comissão Mundial do Esporte a Motor da FIA, sendo um trabalho em conjunto com os esforços da Organização das Nações Unidas e o Comitê Olímpico Internacional para tornar o mundo esportivo mais sustentável, seguindo o que foi ditado pelo Acordo de Paris, tratado ambiental assinado em 2016.
As montadoras responsáveis pelas produções das unidades de potência da categoria (Mercedes, Ferrari, Honda e Renault) começaram a receber os primeiros insumos do combustível, para o desenvolvimento já para o próximo ano. A ideia por trás da novidade é que a F1 sirva como um laboratório para a tecnologia, visando uma adoção mais ampla em outras categorias chanceladas pela Federação.
Mas a F1 não quer ficar apenas nos combustíveis, visando outras iniciativas que devem ser introduzidas no esporte nos próximos anos, como a medição da pegada de carbono das equipes e aplicação de outras tecnologias sustentáveis.
No momento, a F1 segue usando gasolina nos motores, e já considera também o uso de combustíveis sintéticos para o futuro. Por outro lado, a Indy, que ainda não utiliza motores híbridos como a F1, já usa o etanol.
O presidente da FIA, Jean Todt, afirmou que a mudança representa um novo passo para a F1. “A FIA assume a responsabilidade de liderar o esporte a motor e a mobilidade em direção a um futuro de baixa emissão de carbono para reduzir os impactos ambientais de nossos eventos, contribuindo para um planeta mais verde”, declara e completa: “Ao desenvolver combustíveis sustentáveis a partir de resíduos biológicos que podem alimentar a F1, estamos dando um pontapé inicial”.
Alvo de muitas críticas devido a sua tecnologia complexa e alto custo de desenvolvimento, o modelo atual de motores híbridos seguirão em vigor até 2026, mas a categoria já deixou claro que seguirá comprometida com o formato híbrido no futuro, com modificações levando em consideração as visões das equipes.
Mesmo com a mudança no futuro, o diretor esportivo da F1, Ross Brawn, afirmou que o modelo atual deve passar por alterações já em 2021. “A F1 serve há muito como plataforma para a introdução de avanços no mundo automotivo. Nossa prioridade atual na luta pela sustentabilidade é a construção de um roteiro para motor híbrido que reduza as emissões e crie um benefício real para os modelos de rua. Acreditamos que isso é possível de ser feito com um motor que combine a tecnologia híbrida e combustíveis sustentáveis”, disse.
Fonte: MotorSport – 17/12
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