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Gasolina acumula alta de 2,4%, após reajuste da Petrobras

19 de Dezembro de 2016

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O preço da gasolina no país subiu com mais força na semana passada, refletindo os repasses do último reajuste promovido pela Petrobras em 5 de dezembro.

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro do combustível foi vendido, em média no país, a R$ 3,742.

O valor é 1,4% superior ao praticado na semana anterior, quando houve alta de 1%. Desde o reajuste, o aumento acumulado nas bombas é de 2,4%, ou R$ 0,09.

Ao anunciar o aumento de 8,1% no preço de venda das refinarias, a Petrobras estimou um repasse de R$ 0,12 por litro aos postos.

Isso é, duas semanas após o reajuste, o repasse ainda está abaixo do estimado.

Em São Paulo, o litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 3,561 nesta semana. O valor é 0,6% mais caro do que na semana anterior e 2% mais caro do que antes do reajuste.

O preço do diesel também permaneceu em alta, mas em ritmo menor. No dia 5, foi aumentado em 9,5% nas refinarias, com repasse estimado em R$ 0,17 por litro.

De acordo com a ANP, o combustível foi vendido a um preço médio, no Brasil, de R$ 3.025 por litro, alta de 1,4% com relação à semana anterior.

Desde o reajuste, o repasse acumulado é de 1,5%, ou R$ 0,04 por litro.

Em São Paulo, o litro do diesel foi vendido a R$ 2,905, queda de 0,9% com relação à semana anterior. Na primeira semana após o reajuste, o preço caiu no Estado.

A nova política de preços da Petrobras prevê reuniões mensais de um grupo de executivos para avaliar os preços com base nas cotações internacionais, no câmbio e nas vendas da empresa no mercado interno.

 

                                .O impacto do aumento médio de 8,1% no preço da gasolina nas refinarias desde o último dia 6 ainda não está influenciando o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). Porém, está prestes a aparecer, conforme o coordenador do IPC-S da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Contudo, ele acredita que a desaceleração no ritmo de alta no preço do etanol no varejo deve equilibrar o efeito de elevação da gasolina para o consumidor. "O aumento ainda pode ser ponderado pela demanda fraca", afirmou.

Na segunda quadrissemana, a gasolina teve variação negativa de 0,30%, praticamente a mesma apurada anteriormente, de -0,32% Já a taxa do etanol no IPC-S ficou positiva em 1,59%, na comparação com 2,56% na primeira leitura de dezembro. "Os combustíveis não devem pressionar muito o IPC-S, nem por um lado nem de por outro. De alguma forma, a desaceleração na alta do etanol pode compensar o reajuste da gasolina", reforçou.

(Fonte: Folha Online / Estado de Minas  -  16/12)

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