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Governo deve aprovar aumento da CIDE sobre a gasolina

04 de Maio de 2020

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Os produtores de etanol estão “otimistas e ansiosos” com a decisão do governo federal de aumentar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre a gasolina. A medida, ainda não oficial, dá mais competitividade ao biocombustível.

Em entrevista ao Valor, o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Evandro Gussi, disse que a expectativa é que a medida ocorra com urgência. Pela legislação, o aumento só entra em vigor 90 dias depois da publicação da decisão.

Após mais de um mês de negociações, a proposta de elevar a cobrança da Cide em R$ 0,20 por litro de gasolina parece ter avançado. A medida foi um dos pedidos de socorro feitos pelo setor sucroalcooleiro para atravessar a crise provocada pela covid-19.

Segundo Gussi, representantes do setor sucroalcooleiro tiveram na quinta-feira uma reunião com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa. A proposta estaria agora com o Ministério de Minas e Energia para a definição.

Além da Cide, Gussi também espera para a próxima semana os detalhes da linha de crédito para estocagem de etanol que vem sendo discutida com os bancos públicos e privados.

Em vídeo distribuído nesta sexta-feira, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), um dos principais defensores do setor sucroalcooleiro, comemorou o desfecho positivo.

“[São] conquistas importantes que eu festejo e divido com vocês e reafirmo o nosso compromisso de continuar trabalhando por esse setor”, disse o parlamentar paulista Além do aumento da Cide, Jardim citou uma alíquota de 15% sobre a gasolina importada.

Na quinta-feira, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, demonstrou insatisfação com a demora do governo em anunciar as medidas de apoio ao setor sucroalcooleiro. “Achei que a gente já teria todas as respostas e o martelo batido porque já tem 40 dias que a gente vem tratando semanalmente desse tema”, afirmou ela, em uma live promovida pelo BTG.

 

Fonte: Valor Econômico - 01/05 

 

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