07 de Março de 2017
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A oferta global de petróleo poderá ter dificuldades em se igualar à demanda após 2020, quando o resultado de um declínio de dois anos nos investimentos em nova produção poderá deixar a capacidade ociosa em uma mínima de 14 anos e elevar os preços acentuadamente, informou ontem a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Investidores no geral não estão apostando em uma alta acentuada no preço do petróleo no curto prazo, mas a contração nos investimentos globais em 2015 e 2016 e a crescente demanda global significam que o mundo pode passar por uma crise de fornecimento, caso novos projetos não recebam aval em breve, divulgou a IEA em seu relatório de cinco anos de análise de mercado.
A maior parte do aumento na oferta deverá vir dos Estados Unidos, onde, de acordo com a IEA, a produção de óleo de xisto vai crescer em 1,4 milhão de barris por dia até 2022, mesmo se os preços se mantiverem próximos dos níveis atuais de US$ 60 por barril, e a resposta do lado de produção pode ser mais forte se os preços subirem.
“Os Estados Unidos respondem mais rapidamente a sinais de preços do que outros produtores. Se os preços subirem para US$ 80 por barril, a produção de xisto dos EUA poderá crescer em 3 milhões de barris por dia em cinco anos”, divulgou a IEA.
Se os preços se mantiverem mais perto de US$ 50, a produção de xisto poderá cair a partir do início da próxima década.
“Estamos testemunhando o início da segunda onda de crescimento na oferta dos EUA, e seu tamanho dependerá de onde os preços estiverem”, ponderou Fatih Barol, diretor-executivo da IEA. “Não vemos um pico na demanda de petróleo no futuro próximo. E, a menos que os investimentos globais se recuperem acentuadamente, um novo período de volatilidade nos preços se aproxima”.
(Fonte: Reuters – 7/3)
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