18 de Janeiro de 2019
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Com o planeta no rumo da mobilidade limpa, as principais nações produtoras de biocombustível buscam um aumento da produção de etanol, tentando direcionar os olhares para as opções líquidas renováveis – um mercado de transição em meio ao crescimento dos carros elétricos.
Atualmente, o etanol corresponde a dois terços do crescimento previsto para a produção de biocombustíveis entre 2018 e 2023. O Brasil é um dos seus principais produtores e o segundo maior consumidor, perdendo apenas para os Estados Unidos. A extensa frota de veículos flex no país permite uma competição direta do etanol com a gasolina e, além disso, a mistura obrigatória de biodiesel fez com que o Brasil atingisse, em 2017, uma matriz energética de transportes com 20% de participação de energia renovável, a mais alta do mundo.
Os dados são da Agência Internacional de Energia (IEA), entidade vinculada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em relatório, a IEA expressa que a energia renovável estimada para o setor de transportes deve crescer 19% entre 2018 e 2023.
Neste cenário, a produção de etanol brasileira puxará ainda mais o consumo mundial do biocombustível: a entidade prevê um aumento de 8,8 bilhões de litros no comparativo entre 2017 e 2023. Desta forma, o Brasil passará de 27,7 bilhões para 36,5 bilhões de litros de etanol ao ano, em um cenário normal.
Em um ritmo acelerado, esse valor chegaria a 38 bilhões de litros. O crescimento adicional de 1,5 bilhão de litros seria respaldado por um RenovaBio eficaz e capaz de estimular investimentos, e por baixos níveis de capacidade ociosa de produção, maior produção de etanol de milho e a popularização da cana-energia.
A IEA não é a primeira a estimar um aumento considerável na produção brasileira do biocombustível. Em outubro, a versão inicial do mais recente Plano Decenal de Energia (PDE), lançado anualmente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), trouxe detalhes de como o governo espera que o país produza e consuma energia nos próximos dez anos.
A partir de uma produção estimada de 28 bilhões de litros em 2017, a entidade prevê um crescimento de 10 bilhões até 2023, chegando a 38 bilhões de litros – o mesmo valor presente no cenário de crescimento acelerado da IEA..
Nova Cana - 17/01/2019
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