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Indústria mostra otimismo com governo Zema

14 de Janeiro de 2019

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A indústria mineira trabalha com boas perspectivas em relação ao novo governo de Minas Gerais. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, diz que são positivas as expectativas do setor com as primeiras iniciativas do governador Romeu Zema.

“O novo governo assume consciente do que precisa ser feito para Minas Gerais voltar a crescer e para que os trabalhadores recuperem os empregos perdidos. A Fiemg acredita que é tempo de avançar – afinal, nenhuma crise é maior que os mineiros”, garante o presidente Flávio Roscoe, que salienta que a entidade está mobilizando o setor produtivo com a campanha #emfrenteminas.

Nesse sentido, o líder industrial alerta que a retomada do crescimento econômico do Estado é essencial e, necessariamente, precisa ser sustentada por dois pontos principais: a melhoria do ambiente de negócios e a modernização da legislação ambiental.

“É imprescindível que haja um melhor ambiente de negócios, que traga mais estímulo para investimentos. E o equacionamento de questões relativas ao meio ambiente é fundamental para assegurar a Minas Gerais isonomia na disputa com outros estados por investimentos no setor produtivo”, afirma Roscoe. E acrescenta: “Hoje, a legislação ambiental brasileira se preocupa mais em punir do que estimular boas práticas. Leis se sobrepõem, regras mudam a cada instante, gerando custos e insegurança jurídica”.

O presidente da Fiemg também aponta a questão tributária como fator de desestimulo aos empresários interessados em implantar novos projetos produtivos. “Empreendedores que se animem a começar um novo negócio terão que encarar mais de 90 tipos de impostos, que geram enormes custos burocráticos e acabam por afugentar investidores e a reduzir a competitividade das empresas. E com isso emperram e paralisam a atividade econômica”, adverte Roscoe.

Reformas –  Estudos realizados pela Fiemg indicam a retomada da economia mineira e também do Brasil em 2019. As projeções mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve crescer ao redor de 2,53%, enquanto a produção industrial no Brasil pode crescer 3,02%. Para Minas Gerais, a previsão é de que o PIB cresça 3,3% e que a produção industrial suba 5,1% no próximo ano.

Para que essas projeções se concretizem, é preciso fazer reformas estruturais que vêm sendo postergadas há muitos anos, o que contribui para o agravamento da crise econômica e financeira. “A expectativa de alta para as economias brasileira e mineira, em 2019, tem como pressuposto fundamental a realização de uma série de grandes reformas nos campos tributário, das relações trabalhistas e previdência social”, afirma Flávio Roscoe.

A reforma mais importante e urgente, diz o presidente da Fiemg, é a da Previdência “Hoje, quando o dia terminar, o Brasil terá perdido mais de R$ 63 milhões por ainda não ter feito a reforma da Previdência. Anualizado, este prejuízo diário alcançará, ao final de 2019, R$ 22,8 bilhões. Nenhuma nação suporta isso. Minas e o Brasil precisam recuperar o tempo perdido e a capacidade de investir. Não dá mais para esperar o amanhã”, adverte o presidente.

Mobilização

Um dos pontos destacados pelo presidente da Fiemg para que as mudanças esperadas por todos os mineiros aconteçam é a participação da sociedade. Segundo o líder empresarial, quem dará o tom da transformação do Brasil e Minas Gerais são os cidadãos e o empresariado possui papel preponderante nesse contexto. “É necessário que, além da articulação empresarial, haja um trabalho de diálogo com a sociedade, uma vez que muito do que é visto no quadro atual se dá pela omissão de atores importantes socialmente, é hora de se alterar esse contexto”, pontua Flávio Roscoe.

“É necessário que, além da articulação empresarial, haja um trabalho de diálogo com a sociedade, uma vez que muito do que é visto no quadro atual se dá pela omissão de atores importantes socialmente, é hora de se alterar esse contexto”, pontua Flávio Roscoe.

Para o empresário, não adianta mais demonstrar apenas uma indignação “passiva” no “sofá de casa” em relação à situação do País. “É imprescindível que seja feito um trabalho com todas as esferas da população, algo que transcenda os interesses apenas dos empresários ou de uma classe específica e vise o bem-comum. Por isso, a Fiemg lidera a campanha #emfrenteminas, justamente para ressaltar para a população o quanto os mineiros serão e são importantes para garantir um novo tempo para Minas Gerais”, pontuou.

Diário do Comércio – 12/01/2019

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