15 de Dezembro de 2016
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Pelo terceiro ano seguido a indústria mineira terá um ano negativo, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A expectativa da entidade é que até o final do ano, o produto interno bruto do Estado fique em -3,7%. Até setembro deste ano, a queda na produção industrial mineira era de 6,9% no acumulado do ano e de 7,5% frente setembro de 2015.
Os resultados negativos vem se repetindo desde 2014, quando o faturamento da indústria no Estado caiu 6,27%. No ano passado, essa queda foi de 15,9%. “Estamos voltando a produção industrial a patamares de 2009”, diz o gerente de economia da Fiemg, Guilherme Leão.
Na perspectiva da Fiemg, o crescimento da indústria só deve acontecer no segundo semestre de 2017. As projeções apontam que no ano que vem a produção industrial deve chegar a 0,88% e o PIB do Estado fique em 0,76.
“Esperávamos que no último trimestre de 2016, alguns índices já tivessem melhorado, como o consumo. Mas com o cenário político, a confiança do consumidor e do empresário voltaram a cair”, explica Leão sobre a expectativa frustrada de crescimento em 2016.
O economista da Fiemg e professor do Ibmec, Sérgio Guerra, ainda lembra que o crescimento virá no fim de 2017 caso não tenhamos mais surpresas no cenário político. “Qualquer mudança brusca na política, como troca no executivo, fará com que a recuperação fique para 2018. Não acreditamos, mas se tiver surpresa, haverá um atraso”, diz.
O desemprego também foi apontado por Leão como um dos problemas que impediu a melhora da economia e do cenário industrial mineiro, influenciando negativamente o consumo.
Já a desaceleração da inflação do IPCA, que ficou em 5,78% em outubro deste ano no acumulado de 2016, é uma boa notícia que pode influenciar na recuperação da economia. “A queda da inflação vai influenciar na queda dos juros. Outra ação importante que está sendo tomada é a paulatina queda do endividamento das famílias ao longo do ano que vem. Isso cria condições para que o consumo ocorra no final de 2017”, diz Leão.
A necessidade de investimento para reposição de maquinário também pode ajudar a acelerar a indústria. “Estamos há três anos em recessão, sem investir. Mas a depreciação das máquinas neste período pode fazer com que investimentos aconteçam mesmo que seja um valor pequeno”, avalia Leão.
(Fonte: O Tempo – 15/12)
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