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Investimento em renovação de canavial é caso à parte no setor, diz BNDES

29 de Novembro de 2016

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O setor de açúcar e etanol tem concentrado neste final de ano a demanda de recursos do Prorenova, a linha de crédito voltada para a renovação de canaviais. Foi o que afirmou, ontem (28), Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do departamento de biocombustíveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que libera os recursos.

"As empresas estão financiando as negociações com os bancos e agentes repassadores e esses pedidos estão entrando na carteira do banco", disse Cavalcanti, sem detalhar qual seria essa demanda de fim de ano.

Durante o Unica Forum, promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar/SP, em São Paulo (SP), Cavalcanti explicou que esse movimento é considerado normal. Segundo ele, apesar dos recursos estarem disponíveis durante todo o ano, as empresas acabam concluindo suas negociações entre novembro e dezembro, o que aumenta o fluxo de projetos nessa época.

O BNDES reservou para este ano um orçamento de R$ 1,5 bilhão para o Prorenova. As empresas têm até o dia 31 de dezembro para apresentar seus projetos para a instituição para terem acesso a esses recursos.

Cavalcanti reconheceu, no entanto, que investimentos na parte agrícola, como renovação de canaviais, têm sido um "caso à parte" no setor. O chefe do departamento de biocombustíveis do BNDES avaliou que as empresas têm se concentrado na redução do nível de endividamento.

"O financiamento agrícola é uma necessidade das empresas, que ano após ano precisam renovar seu canavial. A despeito do setor estar procurando um menor endividamento, o investimento agrícola é sempre necessário", disse. Na avaliação dele, ainda é muito cedo para falar em aumento de capacidade produtiva na cadeia de açúcar e etanol.

O gerente do departamento de biocombustíveis do BNDES, Artur Yabe Milanez, acrescentou que, mesmo depois de reduzir a alavancagem, a indústria de cana deve, em um primeiro momento, avaliar oportunidades de acrescimento olhando o que já existe no mercado. Segundo ele, há empresas com ativos à venda e que podem ser adquiridos.

 

(Fonte: Revista Globo Rural – 28/11)

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