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Lucro líquido global da Bunge caiu 29,8% no 2º trimestre

29 de Julho de 2021

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A americana Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio do mundo, com forte presença no Brasil, informou que encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de US$ 362 milhões, uma queda de 29,8% em relação ao resultado registrado no mesmo período do ano passado.

A retração do lucro foi minimizada pela empresa, em boa medida graças à elevada base de comparação. E também porque, apesar do recuo, o resultado líquido acumulado no primeiro semestre aumentou quase 260%, para US$ 1,2 bilhão.

Na divisão agribusiness, a principal da múlti, a receita líquida global cresceu 68,3% no segundo trimestre, para US$ 11,7 bilhões. Foram movimentados 39,5 milhões de produtos no intervalo, 3,3% mais, e o lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) ajustado caiu 18,6%, para US$ 403 milhões. No primeiro semestre, a receita nessa frente subiu 61,1%, para US$ 21,4 bilhões, e o Ebit ajustado foi 32,3% maior (US$ 1 bilhão).

Em comunicado, a Bunge destacou a melhora dos resultados no processamento de grãos na América do Norte e na Argentina, que mais do que compensaram uma retração da Europa. No Brasil, a originação de soja diminuiu de 2020 para 2021, mas porque no ano passado o ritmo foi muito acelerado.

Na área de refinados e óleos especiais, a receita trimestral aumentou 50,2%, para US$ 3,2 bilhões, enquanto o Ebit ajustado subiu 135,4%, para US$ 113 milhões. No primeiro semestre, a receita da divisão cresceu 33%, para US$ 5,9 bilhões, e o Ebit ajustado foi 106% maior (US$ 237 milhões).

Segundo a Bunge, os negócios na área foram puxados pelo bom desempenho na América do Norte, onde a utilização da capacidade de produção bateu recorde e as margens foram particularmente elevadas. Mas também houve avanços na América do Sul e na Europa.

Na área de moagem, a receita líquida aumentou 23,3% no segundo trimestre, para US$ 471 milhões, ao passo que o Ebit ajustado registrou incremento de 62%, para US$ 34 milhões. No primeiro semestre, houve altas de 8,2%, para US$ 862 milhões, e 4,5%, para US$ 46 milhões, respectivamente.

“Maiores volumes, custos mais baixos e boa execução da cadeia de suprimentos na América do Sul foram os principais fatores de melhor desempenho no trimestre. Os resultados na América do Norte foram comparáveis aos do ano passado”, informou a Bunge.

Na divisão de açúcar e bioenergia, a receita cresceu 161,5% no segundo trimestre e 60,5% de janeiro a junho, para US$ 68 milhões e US$ 122 milhões, respectivamente. O Ebit ajustado ficou positivo tanto de abril a junho (US$ 19 milhões) quanto no primeiro semestre como um todo (US$ 39 milhões), ante resultados negativos no ano passado.

Nesse segmento, os avanços foram creditados sobretudo aos incrementos do volume de vendas e de margens com etanol nos Estados Unidos.

 

Fonte: Valor Econômico – 28/07

 

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