06 de Junho de 2019
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A demanda elevada pelo etanol em Minas Gerais tem contribuído para a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa. De acordo com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), em 2018, foi registrado consumo recorde do biocombustível no Estado, o que evitou a emissão de 4,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera, dado equiparado ao plantio de 29,7 milhões de árvores, mantidas por um período de 20 anos.
A tendência é de que o consumo do etanol siga em alta, principalmente, em função dos preços mais competitivos que os da gasolina, o que atrai o consumidor.
No ano passado, o consumo total de etanol – hidratado e o anidro (que é adicionado à gasolina) – somou 3,5 bilhões de litros no Estado. Conforme a Siamig, com esse volume, os motoristas mineiros de automóveis leves evitaram a emissão dos 4,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.
As vendas recordes de etanol beneficiam diretamente o meio ambiente e a saúde do consumidor com a redução das emissões de gases do efeito estufa.
Ainda conforme os dados da Siamig, o volume de CO2 que deixou de ser emitido em 2018 é maior do que o de 2017 e de toda a série desde 2003, quando começou a ser calculado. Em 2017, foram consumidos 2,7 bilhões de litros de etanol total, deixando de serem emitidos 3,3 milhões de toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera, o que seria igual ao plantio de 23,6 milhões de árvores, mantidas no período de 20 anos.
Os cálculos foram feitos pela Siamig com base na quantidade de etanol total (hidratado e anidro) consumida no ano passado, já que, para cada litro de etanol hidratado consumido, evita-se a emissão de 1,17 quilo de CO2 na atmosfera, e a cada litro de anidro, evita-se a emissão de 1,28 quilo de CO2 equivalentes.
Acumulado – De acordo com a Siamig, no acumulado de janeiro a abril deste ano, já foram comercializados 980 milhões de litros de etanol hidratado no Estado, volume que está 56% acima do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram consumidos 628,5 milhões de litros.
Segundo o presidente da entidade, Mário Campos, a demanda pelo etanol deve se manter aquecida em 2019, por isso, o crescimento da moagem de cana-de-açúcar será destinado à fabricação de etanol.
“Quando se consome mais combustível renovável, como o etanol, sem dúvida, o meio ambiente é muito beneficiado. Estamos nos preparando para a entrada do programa RenovaBio – que deve acontecer entre o final de 2019 e início de 2020. Esse programa é embasado nas condições dos biocombustíveis de evitar a emissão de gases que provocam o efeito estufa, sempre comparado com o combustível fóssil. Antes mesmo do início do programa, já estamos com resultados muito positivos, que nos dão boas perspectivas em termos ambientais. É algo único no mundo”, destacou Campos.
Safra 2019/20 – Em Minas Gerais, a previsão é de que, na safra 2019/20 de cana-de-açúcar, sejam esmagadas 65 milhões de toneladas, volume 3% maior do que as 63 milhões de toneladas processadas na safra anterior. A produção de etanol total passará de 3,2 bilhões de litros, para 3,5 bilhões, variação positiva de 9,3%.
Com a tendência de aumento de demanda, a produção de etanol hidratado será ampliada em 6,6% e passará de 2,25 bilhões de litros para 2,4 bilhões de litros na safra 2019/20. A produção de etanol anidro – que é adicionado à gasolina – ficará estável em 1 bilhão de litros.
Devido aos preços baixos praticados no mercado internacional, a produção de açúcar também ficará igual à do ano-safra anterior, com a fabricação de 3 milhões de toneladas.
“A safra está indo muito bem. Até 16 de maio, que são os dados mais recentes, já haviam sido moídas 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Tivemos alguns problemas, em abril, pelo maior volume de chuvas, mas o processo já se regularizou”, disse o presidente da Siamig.
Diário do Comércio – 06/06/19
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