27 de Março de 2018
Notícias
A produtividade e a longevidade da lavoura de cana estão atreladas a muitos fatores. Algumas dessas variáveis são controláveis, como época de plantio, preparo de solo, manejo nutricional e de defensivos, regulagem de máquinas e implementos, entre outros.
Existem também as não controláveis, como o clima e os preços. Entre todos os temas citados, a alocação de variedades é um parâmetro chave, que é planejável e crucial para o sucesso do canavial. A decisão depende de três fatores principais: ambiente de produção, época de colheita e susceptibilidade a pragas e doenças.
Conhecer o ambiente de produção é essencial e o primeiro passo para a tomada de decisão de qual variedade plantar. Existem plantas mais responsivas, que apresentam altas produtividades em condições de produção favoráveis e boas respostas ao incremento de tecnologia no sistema produtivo, porém tendem a apresentar quedas de produtividade mais acentuadas em condições adversas. Por outro lado, variedades mais rústicas, podem ser alocadas em ambientes mais restritivos e/ou com baixa utilização de tecnologia.
A época de colheita é o próximo ponto chave. Definir a época da operação, seja por estrutura própria ou terceirizada, é condição chave para alocar as variedades com ponto de maturação ótimo para determinado período. A possibilidade de manejo com maturadores e inibidores de florescimento são alternativas importantes. Essas ferramentas podem ajudar, tanto a uniformizar de forma mais precisa a condição da plantação, quanto a corrigir potenciais alterações na época de corte. No entanto, não substituem o estudo da maturação normal das variedades, em relação ao planejamento de retirada.
O último fator que deve ser levado em conta é a resistência de cada variedade a pragas e doenças, com relação a região de plantio. Doenças como a ferrugem alaranjada ou pragas como a Mahanarvafimbriolata (cigarrinha da cana), já causaram enormes prejuízos em diversas localidades, reduzindo drasticamente a produtividade de algumas variedades susceptíveis a elas e tantas outras. É necessário avaliar a resistência de cada variedade, assim como os métodos de controle existentes. Após essa ponderação, será possível decidir qual material plantar.
Fonte: CanaOnline – 27/03/2018
Veja também
18 de Abril de 2024
Futuro do setor bioenergético brasileiro é tema de debate da Revista CanaOnlineNotícias
18 de Abril de 2024
Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de BiocombustíveisNotícias
18 de Abril de 2024
Produtores brasileiros de etanol podem ser os primeiros beneficiados da indústria de SAFNotícias