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Mercado futuro de açúcar se recupera acompanhando real e petróleo

05 de Junho de 2020

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O contrato futuro de açúcar negociado na ICE com vencimento em julho registrou seu maior fechamento desde 11 de março. Na última quarta-feira (3), ele atingiu 11,62 centavos de dólar por libra-peso após uma alta que começou em 29 de maio motivada pelo fortalecimento do real em relação ao dólar americano e pelo aumento nos preços do petróleo.

Na verdade, o mercado de commodities como um todo aumentou com as perspectivas de uma recuperação econômica global. Ao mesmo tempo, a força recente do real fez com que os futuros de açúcar precisassem de um suporte para compensar a vantagem da moeda.

Mas o ambiente macroeconômico ainda está cheio de incertezas, com a pandemia de coronavírus segurando o consumo de combustível e de alimentos, fator considerado baixista para os mercados brasileiros de açúcar e etanol a longo prazo. Por enquanto, a fraqueza do real em relação ao dólar norte-americano tem incentivado os produtores a caminharem para uma produção recorde de açúcar.

Desde o início da safra 2020/21 na região Centro-Sul, as exportações de açúcar têm remunerado, em média, R$ 1.251/t. O valor é 18% superior ao preço médio observado desde abril de 2017.

Em um cenário global de oferta e demanda de açúcar, o Brasil deve adicionar 8 milhões de toneladas à balança e qualquer aumento no preço para os produtores locais pode se traduzir em uma produção ainda maior. Além da elevação na remuneração, a menor demanda por combustíveis está diminuindo o apetite pela produção de etanol, o que também incentiva o direcionamento de matéria-prima para a fabricação de açúcar nas usinas do país.

Os mais recentes dados de consumo mostram que a demanda brasileira de etanol hidratado em abril foi 33% menor em comparação com o ano anterior.


Fonte: S&P Global Platts via Visão Agro - 04/06 

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